Investing.com - A Cielo afunda na sessão desta quarta-feira na bolsa de São Paulo após apresentar ontem à noite balanço abaixo das expectativas do mercado, sinalizando um cenário mais complicado para a empresa nos próximos trimestres com a recessão.
O papel (SA:CIEL3) recua mais de 4% e se destaca como a principal baixa do Ibovespa, negociado a R$ 24,95, depois de tocar a mínima da sessão de R$ 24,70 logo após a abertura. Esse é o menor patamar de negociação do papel em quase um mês, que registrou as altas de 8,4% e 6,1% em junho e julho, respectivamente, recuperando e superando o tombo com a delação da J&F em 17 de maio.
A Cielo teve lucro líquido ajustado de 994,3 milhões no período, abaixo da faixa de projeções entre R$ 1,05 bilhão e R$ 1,14 bilhão. O Ebitda e receita também decepcionaram com o primeiro em R$ 1,28 bilhões, contra previsões entre R$ 1,23 bilhão e R$ 1,43 bilhão, e receita de R$ 2,83 bilhões, frente a estimativas de R$ 2,98 bilhões - R$ 3,1 bilhões, quedas de 5% e 8%, respectivamente, frente ao ano passado.
A empresa citou o fechamento de lojas e a manutenção do ambiente recessivo como os principais causadores do resultado do trimestre, que trouxe redução do preço médio das transações.
Nesse cenário, a Cielo cortou a estimativa de gastos e investimentos em 2017 ereduziu para zero a alta de 2% a previsão de custos e despesas totais do grupo no Brasil no ano, ante estimativa anterior de crescimento de 4% a 6%. Os investimentos foram revistos de R$ 400 milhões para a faixa de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões.
O Credit Suisse manteve cautela em sua visão sobre os papéis após os números terem vindos abaixo do esperado, apesar de um aumento no volume das transações, o que indicaria a queda da margem operacional. O banco vê um segundo semestre mais difícil do que o anteriormente projetado.