Cinemas apostam em Tom Cruise, Superman e "Avatar" para impulsionar bilheterias

Publicado 21.03.2025, 11:29
Atualizado 21.03.2025, 11:30
© Reuters. Tom Cruise em pré-estreia de "Missão: Impossível" em Nova Yorkn10/07/2023nREUTERS/Amr Alfiky

Por Lisa Richwine

LOS ANGELES (Reuters) - Tom Cruise assume o que pode ser sua última "Missão: Impossível", um novo Super-Homem usará a capa vermelha e a série de ficção científica detentora de recordes "Avatar" voltará para um terceiro episódio.

Esses e outros filmes estão dando aos operadores de cinema a esperança de que a demorada recuperação pós-pandemia continuará em 2025. Cinco anos após o início da crise de saúde, o público dos cinemas ainda não se recuperou totalmente.

As receitas de bilheteria totalizaram US$8,6 bilhões no ano passado nos Estados Unidos e no Canadá, 25% abaixo dos patamares pré-pandêmicos, de US$ 11,4 bilhões, em 2019.

O setor cinematográfico foi novamente prejudicado em 2023, quando os atores roteiristas de Hollywood entraram em greve.

"Essa matriz complexa de produção de filmes, em que todos querem os melhores talentos, os melhores atores e os melhores cenários, leva muito tempo para voltar a funcionar", disse Tim (BVMF:TIMS3) Richards, fundador e presidente-executivo da Vue Cinemas, da Europa. "2025 vai sentir a ponta final disso."

Os principais nomes do setor de cinema se reunirão na convenção anual CinemaCon, em Las Vegas, no início do próximo mês, para falar sobre a situação do setor.

A conferência atrai executivos de estúdios de Hollywood e operadores de multiplex, como AMC Entertainment (NYSE:AMC), Cinemark e Cineworld, bem como proprietários de cinemas individuais em cidades pequenas.

No Oscar deste mês, o cineasta de "Anora" e vencedor do prêmio de melhor diretor, Sean Baker, deu um "grito de guerra" para que cineastas, distribuidores e público apoiem os cinemas.

"A experiência de ir ao cinema está ameaçada", disse ele, observando que o número de telas diminuiu durante a pandemia.

"Se não revertermos essa tendência, estaremos perdendo uma parte vital da nossa cultura", acrescentou.

Shawn Robbins, diretor de análise de filmes da Fandango e fundador e proprietário da Box Office Theory, disse que a indústria cinematográfica estava se ajustando a "um novo normal".

"Filmes grandes são cada vez mais impulsionadores do negócio", disse Robbins. "Há ainda mais peso sobre seus ombros em termos de dólares de bilheteria."

Os espectadores de cinema ainda comparecem aos filmes de grande orçamento, disse Robbins, mas demonstraram que ficam felizes em esperar para assistir a outros em casa.

"É de conhecimento geral que muitos filmes estarão disponíveis para streaming em um prazo de três a oito semanas, enquanto que antigamente era necessário um mínimo de três meses", disse.

 

"AVATAR" COMO PONTO DE INFLEXÃO?

Entre os grandes sucessos que chegarão aos cinemas este ano está "Missão: Impossível - O Acerto Final", um filme que pode ser a última aparição de Cruise na longa franquia de ação.

"Uma última vez", diz ele no trailer. O filme estreará no fim de semana do Memorial Day dos EUA, em maio, juntamente com a versão live-action do clássico animado "Lilo & Stitch", da Walt Disney (NYSE:DIS).

Em junho, Brad Pitt interpreta um piloto de Fórmula 1 no lançamento de "F1", e, em julho, a Warner Bros lançará seu novo filme "Superman", dirigido pelo cineasta de "Guardiões da Galáxia", James Gunn, e estrelado por David Corenswet.

Da Marvel, a equipe de anti-heróis "Thunderbolts" dará início à temporada de verão dos EUA no início de maio, seguida por "Quarteto Fantástico" no final de julho.

Nos feriados de novembro e dezembro, as ofertas incluem a segunda parte do fenômeno musical de bilheteria "Wicked", a sequência da animação "Zootopia 2" e "Avatar: Fogo e Cinzas", o terceiro filme da série "Avatar", de James Cameron. O primeiro "Avatar" é o filme de maior bilheteria de todos os tempos, e o segundo filme está em terceiro lugar.

Robbins projetou que 2025 terminaria com um ligeiro aumento nas receitas de bilheteria nos EUA e Canadá em comparação com o ano passado, "talvez flertando com US$9 bilhões". Ele disse que não está claro quando as vendas de ingressos voltarão aos níveis anteriores à pandemia.

Richards disse acreditar que o novo "Avatar" dará início a "três a cinco anos extraordinários" para os cinemas.

"Veremos (Avatar) como o ponto de inflexão", disse Richards. "2026 tem um número extraordinário de grandes filmes."

(Reportagem de Lisa Richwine; Reportagem adicional de Marie-Louise Gumuchian, em Londres)

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