Investing.com - No começo da tarde desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Cosan (SA:CSAN3) operam em queda de 1,92% a R$ 34,25, com lucro líquido caindo 91,2% no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, ainda sentindo reflexos dos protestos dos caminhoneiros e também impactado pela volatilidade cambial.
Para a Mirae Asset, como o esperado, o resultado foi fraco e impactado na Raízen Combustíveis ainda pelos efeitos da greve dos caminhoneiros e queda nas venda de gasolina. Na Raízen Energia o resultado foi impactado pela queda nas cotações do preço do açúcar, pelo clima, que impactou na rentabilidade do canavial.
Os analistas esperam uma recuperação no resultado da empresa com mais ênfase na Raízen Combustíveis já a partir do 4T18 e ao longo do ano de 2019 e para a Raízen Energia somente na segunda metade do ano de 2019, quando esperam uma melhora nos preços do açúcar. A recomendação segue de compra, com upside de 43%.
Balanço
A companhia lucrou 43,9 milhões de reais entre julho e setembro, contra 499,7 milhões em igual momento de 2017. O resultado, contudo, foi melhor frente o prejuízo líquido de 64,3 milhões de reais observado no segundo trimestre deste ano.
"Tivemos um trimestre com bastante adversidade, por causa dos efeitos remanescentes da greve dos caminhoneiros", afirmou o gerente-executivo de Relações com Investidores da Cosan, Phillipe Casale.
Para exemplificar essas "adversidades", ele citou a "incerteza" inicial envolvendo a subvenção ao diesel e a própria oscilação do dólar ante o real por causa das eleições. Para o trimestre vigente, a tendência é que esses problemas não se repitam.
"O mercado já se acomodou. O próprio terceiro trimestre já foi mostrando uma melhora", disse.