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Companhia aérea brasileira considera compra de jatos chineses COMAC

EdiçãoEmilio Ghigini
Publicado 26.09.2024, 04:17
© Reuters.
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A Total Linhas Aéreas, uma companhia aérea brasileira de carga e fretamento, está em negociações para adquirir até quatro aviões C919 da Commercial Aircraft Corporation of China (COMAC), com o objetivo de se tornar a primeira empresa fora da Ásia a adquirir aeronaves do fabricante estatal chinês. Paulo Almada, sócio controlador da Total, anunciou planos de visitar a COMAC em outubro para avançar nas negociações sobre este potencial pedido.

A iniciativa da Total surge em um momento em que a companhia aérea busca alternativas aos fabricantes ocidentais de aeronaves como Airbus e Boeing, que atualmente enfrentam problemas na cadeia de suprimentos que afetaram sua capacidade de atender às demandas por novos aviões.

Paulo Almada destacou que, embora a fabricante brasileira de aeronaves Embraer tenha slots de produção disponíveis a partir de 2026, ela oferece apenas jatos de passageiros com menos de 150 assentos, o que não atende aos requisitos da Total.

O senador Rogério Carvalho, do Partido dos Trabalhadores, que tem participado de reuniões com a Total, mencionou que este acordo poderia ser um passo significativo para o Brasil, sugerindo possíveis benefícios recíprocos, como um aumento na demanda chinesa por jatos da Embraer. Esta esperança persiste apesar dos desafios da Embraer em garantir novos negócios na China após o encerramento de uma joint venture em Harbin em 2016.

O interesse da Total no C919, que acomoda até 192 passageiros e compete com modelos como o Boeing 737 e o Airbus A320, foi recebido com algum ceticismo. Especialistas em aviação, incluindo Carlos Ozores, Parceiro de Aviação da PA Consulting, levantaram preocupações sobre a confiabilidade não comprovada da aeronave e a falta de uma rede de suporte no Brasil, o que consideram arriscado para a Total.

No entanto, discussões sobre financiamento têm sido parte das conversas em andamento, com a Total considerando um arranjo de financiamento do China Development Bank que poderia cobrir 80% do valor total dos aviões por um período de até 10 ou 12 anos. Cada C919 tem um preço de lista de aproximadamente 90 milhões USD, embora os termos específicos do potencial acordo não tenham sido divulgados devido a um acordo de confidencialidade.

A frota atual da Total consiste em turboélices ATR 42-500 e cargueiros Boeing 737-400. Se o acordo com a COMAC se concretizar, a Total planeja usar os C919 para voos do tipo charter reservados por outras companhias aéreas em regime de Aircraft, Crew, Maintenance, and Insurance (ACMI). O treinamento de pilotos e mecânicos seria realizado na China pela COMAC.

Um dos principais desafios para o C919 é obter certificação fora da China, já que atualmente não possui certificações de referência das autoridades americanas e europeias. A European Union Aviation Safety Agency (EASA) está avaliando o avião, e a Total expressou intenções de buscar a certificação no Brasil, embora a agência de aviação civil do país, ANAC, tenha informado que um pedido formal ainda não foi submetido.

Até o momento, apenas nove C919 estão em operação comercial desde maio de 2023, todos com companhias aéreas chinesas. Fora da China, a companhia aérea de baixo custo indonésia TransNusa opera o menor jato regional ARJ21, e uma startup baseada em Brunei, a GallopAir, fez pedidos tanto para os modelos ARJ21 quanto para o C919.

A potencial aquisição pela Total poderia sinalizar laços mais estreitos entre Brasil e China no setor de aviação, especialmente antes da visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping em novembro.

A Reuters contribuiu para este artigo.


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