Por Maki Shiraki e Sam Nussey
TÓQUIO (Reuters) - O conselho da Nissan (T:7201) se reuniu nesta quinta-feira para remover seu presidente, Carlos Ghosn, após a prisão do antes respeitado executivo, dando início a um período de incerteza para a aliança de 19 anos da montadora japonesa com a Renault (PA:RENA).
A parceria franco-japonesa, ampliada em 2016 para incluir a Mitsubishi (T:7211), foi profundamente abalada pela prisão de Ghosn no Japão, na segunda-feira. O presidente do conselho de administração das montadoras e estrela da indústria foi acusado de fraude.
Ghosn moldou a aliança e estava pressionando por uma integração mais profunda, incluindo uma potencial fusão completa entre a Renault e a Nissan a pedido do governo francês, apesar de fortes ressalvas da firma japonesa.
Procuradores japoneses disseram que Ghosn e o diretor-representante Greg Kelly, que também foi preso, conspiraram para subdeclarar a remuneração de Ghosn durante cinco anos a partir de 2010, dizendo que o valor era aproximadamente a metade dos verdadeiros 10 bilhões de ienes (88,47 milhões de dólares).
A reunião do conselho da Nissan foi iniciada às 5h (horário de Brasília) desta quinta-feira em sua sede em Yokohama, e a companhia deve emitir um comunicado em seguida, disse uma autoridade graduada da Nissan a repórteres na quarta-feira. A fonte falou sob condição de anonimato, uma vez que os detalhes da reunião são confidenciais.