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Petrobras aprova R$43,68 bi em dividendos no 3º tri; supera gigantes do setor

Publicado 03.11.2022, 15:31
Atualizado 03.11.2022, 18:01
© Reuters. Logo da Petrobras na fachada da sede da empresa, no Brasil. REUTERS/Sergio Moraes
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Por Marta Nogueira e Rafaella Barros

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Conselho de Administração da Petrobras (BVMF:PETR4) aprovou nesta quinta-feira o pagamento de dividendos de 3,3489 reais por ação preferencial e ordinária em circulação, ou o equivalente a 43,68 bilhões de reais, superando com folga gigantes do setor no Ocidente, segundo cálculos da Reuters.

Com isso, os dividendos neste ano já alcançam mais de 100 bilhões de reais, incluindo 62 bilhões de reais pagos no primeiro semestre, contribuindo com as contas do governo federal, o principal acionista da companhia, em ano de eleições presidenciais.

Os dividendos anunciados no terceiro trimestre serão pagos em duas parcelas iguais em 20 de dezembro e 19 janeiro de 2023, informou a petroleira em fato relevante ao mercado.

O valor anunciado pela petroleira neste terceiro trimestre, o equivalente a 8,5 bilhões de dólares, é mais do que o dobro do aprovado pela Exxon Mobil (NYSE:XOM), que anunciou 3,7 bilhões de dólares.

Também supera de longe os dividendos de companhias como Chevron Corp (NYSE:CVX)., Shell (NYSE:SHEL), TotalEnergies e BP-, que ficaram entre 1,14 bilhão e 2,7 bilhões de dólares, segundo dados compilados pela Reuters.

No segundo trimestre, os dividendos da Petrobras já tinham superado as chamadas "majors" do setor, com a companhia brasileira sendo beneficiada por alta nos preços do petróleo e custos relativamente mais baixo de extração no pré-sal.

Antes da divulgação do resultado do terceiro trimestre, a Petrobras pontuou que o valor proposto está alinhado com a atual política de remuneração aos acionistas da empresa e que é compatível com a sustentabilidade financeira da petroleira no curto, médio e longo prazo.

A empresa disse ainda que o dividendo também está em linha com o seu compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas. A União, como acionista majoritária, deve receber a maior parte.

Mais cedo nesta quinta-feira, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Anapetro, que representa os petroleiros acionistas minoritários da Petrobras, afirmaram que iriam à Justiça questionar o que eles chamaram de "megadividendo", caso ele fosse aprovado, argumentando que isso reduz a capacidade de investimento da companhia.

A federação afirmou ainda que os dividendos totais do ano devem chegar perto de 180 bilhões de reais, enquanto os investimentos realizados pela estatal em 2022, até junho, somaram "apenas" 17 bilhões de reais.

Ao informar sobre o valor aprovado, a Petrobras destacou que no Plano Estratégico 2022-26 os projetos de investimentos solicitados pelas áreas de negócio foram atendidos por apresentar boa resiliência e por serem suportados pela geração de caixa operacional e o fluxo de desinvestimentos, sem efeitos adversos na alavancagem.

Dessa forma, a empresa pontuou que "não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa".

© Reuters. Logo da Petrobras na fachada da sede da empresa, no Brasil. REUTERS/Sergio Moraes

A atual política de remuneração aos acionistas da Petrobras prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a 65 bilhões de dólares, a companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos).

Além disso, a política também prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, desde que sua sustentabilidade financeira seja preservada.

(Por Marta Nogueira, Rafaella Barros e Peter Frontini; Reportagem adicional de Ron Bousso em Londres)

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