Bruxelas, 14 mar (EFE).- Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) terminaram nesta quinta-feira o primeiro dia do Conselho Europeu, em que se dedicaram à análise do problema do crescente desemprego entre os países, especialmente entre os jovens, e para determinar as maneiras de se impulsionar o crescimento econômico para lutar contra esse problema.
"O desemprego está em um nível inaceitável e é preciso tomar medidas. Os países já fazem esforços enormes, compartilhados por todos os setores da sociedade", disse o presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, em entrevista coletiva.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que ao se examinar de perto a dimensão social da crise e o problema do desemprego na Europa, estão "cientes do medo das pessoas, mas as respostas são difíceis. A economia deveria começar a se recuperar no final deste ano e se estabilizar em 2014".
"O emprego, especialmente o dos jovens, esteve no centro dos nossos debates. Necessitamos de um acordo", afirmou Van Rompuy na entrevista coletiva. O presidente do Conselho Europeu também disse que "o crescimento e os empregos não são algo que os governos possam comprar".
Van Rompuy afirmou que os 27 países revisaram as maneiras "de orientar as políticas econômicas no plano nacional. É preciso reforçar a estabilidade econômica, a confiança dos consumidores e ver como melhorar o consumo".
O presidente do Conselho Europeu ressaltou que os 27 têm que "lutar contra o desemprego: a situação é terrível em alguns países, é preciso revisar a política em termos de crescimento e competitividade".
Os líderes da União, pressionados nesta ocasião pelas manifestações de seus cidadãos e não pelos mercados, abordaram a situação cada vez mais alarmante do desemprego, que afeta 26 milhões de europeus, muitos deles jovens menores de 25 anos, e especialmente nos países que estão realizando cortes estruturais intensos para sair da crise.
Van Rompuy afirmou que nessa estratégia terão que ser incluídos aspectos como a luta contra a fraude fiscal, e "evitar os cortes em inovação e pesquisa, além de relançar as políticas de emprego em favor da juventude".
"É preciso fazer com que as medidas que já foram tomadas apresentem algo, que vejamos um retorno", disse o presidente do Conselho Europeu, que nesse sentido mencionou a iniciativa de fomento do emprego para os jovens em que foram investidos 6 bilhões de euros.
Barroso, por sua parte, assinalou que em comparação com o ano passado, "os desequilíbrios no âmbito da União Europeia já foram reduzidos, especialmente nos países submetidos às pressões dos mercados" e concretamente mencionou o aumento das exportações. EFE
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