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Construtoras seguem varejo e promovem Black Friday para levantar caixa no fim do ano

Publicado 27.11.2015, 16:07
© Reuters.  Construtoras seguem varejo e promovem Black Friday para levantar caixa no fim do ano
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Por Juliana Schincariol

O setor imobiliário aproveita a onda de prometidos descontos da Black Friday no varejo brasileiro e realiza a última das muitas ações promocionais de um ano marcado por tentativas de desova mais significativa de estoques de imóveis prontos.

(Empresa VivaReal alterou participantes para incluir Odebrecht Realizações Imobiliárias e Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário e excluir Tecnisa (SA:TCSA3) e Gafisa (SA:GFSA3), informadas anteriormente)

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em sua quinta edição no Brasil, a Black Friday ainda não teve uma ação promocional tão forte na área imobiliária quanto a que ocorre nesta sexta-feira, com a adesão de várias empresas.

O portal imobiliário VivaReal iniciou a promoção no início do mês com participação de cerca de 30 incorporadoras, o dobro do ano passado. As ofertas e os descontos também são maiores do que um ano atrás, garante o site.

A expectativa do VivaReal é que sejam gerados "milhares de contratos", a exemplo do ano passado, disse o vice-presidente-executivo do portal, Lucas Vargas. Até agora, o número de pessoas interessadas é quatro vezes superior para o mês de novembro, mas segundo ele ainda não há dados fechados sobre vendas. Entre as empresas que participam da ação estão Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, Odebrecht Realizações Imobiliárias, Even, Rossi (SA:RSID3) e PDG.

Separadamente, as construtoras e incorporadoras também realizam suas próprias promoções, caso da PDG, que promete descontos que podem chegar a 600 mil reais nas praças de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Pará e Amazonas. A companhia sofreu queda de 50 por cento na receita líquida do terceiro trimestre e não planeja lançamentos de imóveis no curto ou médio prazos.

Além dos descontos, as empresas intensificam para a data os "mimos" numa tentativa de atrair clientes, impactados pela retração da economia, aumento de juros e inflação e restrição na concessão de crédito.

No caso da construtora Avanço Aliados, do Rio de Janeiro, o objetivo é atingir 100 por cento da venda de empreendimentos já prontos localizados na zona oeste da cidade. Além de descontos, a empresa oferece pagamento de taxas de cartório e condomínio e garante entregar o imóvel 90 por cento mobiliado, disse o diretor da empresa, Sanderson Fernandes.

"O momento em que estamos passando, estamos com estoques. Acredito que vamos ter caixa no final desta ação", disse Fernandes se referindo à Black Friday.

Em Salvador, a BR Brokers terá uma ação promocional no final de semana a partir desta sexta-feira, envolvendo 90 por cento do mercado imobiliário da Bahia, sob expectativa de vendas de 35 milhões de reais nos três dias.

Apesar de não querer ligar o nome da promoção à Black Friday, o diretor da empresa na Bahia, Cláudio Cunha, admitiu que a ação "ajuda consideravelmente (as vendas)" e convence clientes de que o momento é de oportunidade de negócios.

O estoque como um todo na Bahia está em torno de 5.500 imóveis e a promoção da BR Brokers vai incluir 3.200 propriedades residenciais e comerciais, com uma meta de venda de 100 a 110 unidades no período de promoção, segundo Cunha.

Apesar do esforço das empresas imobiliárias, a liquidação não é suficiente para alterar estoques ou preços dos imóveis de forma significativa, disse o pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn.

"Sob aspecto de marketing ou para tentar de fato vender imóveis que têm um giro menor ou maior dificuldade para ser vendido, faz sentido reduzir preço... O grande problema do setor não é a sazonalidade, o setor está sofrendo com o problema da economia como um todo", disse Zylberstajn.

Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fipe mostram que o mercado disponibilizou 96.101 mil imóveis para compra, patamar semelhante ao do ano passado, segundo o pesquisador.

Em São Paulo, o maior mercado imobiliário do país, as vendas de imóveis nos nove primeiros meses do ano acumula queda de 4,7 por cento sobre um ano antes, a 13.698 unidades, de acordo com dados mais recentes do sindicato da habitação, Secovi-SP. Os lançamentos no mesmo período chegaram a 13.295 no ano até setembro, ante 33.955 unidades em 2014 como um todo.

Além da inflação e aumento do desemprego, as restrições ao financiamento imobiliário também afetaram o desempenho do setor imobiliário em 2015, que contou ainda com aumento de juros dos financiamentos pela Caixa Econômica Federal, que foi seguido por outras instituições financeiras.

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