Investing.com - Na tarde desta quinta-feira as ações da Copel (SA:CPLE6) são negociadas com valorização, com o mercado reagindo à notícia de que a estatal paranaense estuda a eventual venda do controle de sua usina Foz do Areia, após o governo Bolsonaro ter publicado recentemente decreto que visa facilitar a privatização de ativos estaduais de geração. As declarações foram dadas à Reuters pelo diretor financeiro da elétrica, Adriano Rudek de Moura.
Dentro desse contexto, o ativo opera com ganhos de 0,60% a R$ 63,30.
Essa alternativa seria uma forma de a Copel (SA:CPLE6) garantir que continuará com a hidrelétrica, mesmo com participação minoritária, uma vez que se aproxima o fim do contrato de concessão da maior usina da empresa, em 2023.
Pela medida presidencial, empresas federais, estaduais e municipais podem fechar antecipadamente a renovação por 30 anos de concessões de geração de energia que passem por processo de desestatização, inclusive com possibilidade de manutenção de uma fatia minoritária nos empreendimentos, caso desejem.
A usina Foz do Areia, localizada no Paraná, pode ter bônus de outorga entre 3 bilhões e 3,5 bilhões de reais em troca do novo período de concessão, pela renovação antecipada, disse Moura.
Ele lembrou que, se a empresa decidir não aderir à prorrogação nos moldes do decreto, a concessão do ativo com 1,67 gigawatt em capacidade será relicitada ao final do atual contrato.
“Estamos fazendo um estudo, porque o plano até então era participar do leilão (em 2023). Mas creio que a tendência de ir com parceiros e fazer a privatização parece mais lógica, mais segura, melhor para a companhia”, disse o executivo, projetando que a empresa poderia ficar com até cerca de 49,9% do ativo.
“Nós conseguiríamos, sem dúvida, participar do leilão sozinhos... mas é uma decisão difícil, ao ir sozinho você corre o risco de perder tudo. A decisão vai ser do conselho e ratificada em assembleia (de acionistas)”, acrescentou Moura.
Pelos prazos definidos no decreto, a Copel (SA:CPLE6) precisará comunicar ao governo sua decisão por volta de março de 2020. A privatização, então, precisaria ocorrer até meados de 2022.
Os valores que serão cobrados pela renovação da concessão ainda não foram definidos pelo governo federal, e deverão ser estipulados pelos ministérios de Minas e Energia e da Economia.