Brasília, 30 mai (EFE).- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central rebaixou nesta quarta-feira a taxa de juros de 9% para 8,5% ao ano, o menor nível já registrado.
Trata-se da sétima redução seguida da taxa Selic desde que Dilma Rousseff chegou ao poder, em janeiro de 2011.
"O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O Comitê nota ainda que, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária", assinalou a entidade em comunicado idêntico ao da reunião de 18 de abril.
O corte, que era o esperado pelo mercado, foi menor que o de abril, quando a autoridade monetária rebaixou a taxa em 0,75%.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, considerou que "a queda dos juros e o equilíbrio cambial são positivos, mas não podem ser as únicas iniciativas em prol da competitividade brasileira".
"Produzir no Brasil é mais caro que nos Estados Unidos, em muitos países da Europa e em nossos vizinhos da América do Sul", ressaltou Skaf.
Segundo ele, para "corrigir essa distorção, são necessárias ações efetivas que reduzam a carga tributária e o custo da energia elétrica e do gás, melhorem a infraestrutura e a logística e eliminem o excesso de burocracia".
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, manifestou que "a redução de meio ponto percentual é essencial perante a crise internacional, enquanto a Força Sindical considerou que "o Governo dá um incentivo para a economia que cresce a um ritmo muito lento".
Os analistas financeiros esperam que o ritmo de redução dos juros continue na próxima reunião do Copom, prevista para 10 e 11 de julho. EFE