Investing.com - Na parte final da manhã desta quinta-feira na B3, as ações da CPFL Renováveis operam em queda de 0,94% a R$ 15,75. O mercado reage com cautela à notícia de que acionistas minoritários da companhia recorreram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contestando uma nova oferta realizada pela State Grid, no valor de R$ 13,81 por ação.
O argumento é que o preço foi recalculado sem ter o IFRS como base e que o atraso tem sido prejudicial, já que a atualização financeira pela Selic não cobre os custos de oportunidade e "não atende às necessidades de liquidez".
A State Grid, que a princípio ofereceu R$ 12,20 por ação, e teve que revisar o preço, devido a determinação da CVM, alega que os novos cálculos atendem à exigência do órgão e a regulamentação local.
Para a Coinvalores, diante de mais esse impasse, os papéis da companhia podem ficar pressionados no curto prazo.
A oferta é obrigatória depois de a State Grid, maior elétrica do mundo, ter comprado a CPFL Energia (SA:CPFE3), controladora da CPFL Renováveis. A empresa já realizou uma oferta pela fatia dos minoritários na CPFL, líder privada no setor de eletricidade no Brasil.
No início de maio, a CVM disse que o cálculo da chamada "demonstração justificada de preço (DJP)" deverá utilizar dados anuais de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia, em vez de trimestrais, "de modo a evitar distorções decorrentes de efeitos sazonais e incorporação de visão prospectiva das companhias, a fim de refletir as diferenças em suas expectativas de crescimento".