ZURIQUE (Reuters) - O Credit Suisse divulgou seu primeiro prejuízo anual desde 2008 depois de arcar com um grande encargo de depreciação em seu negócio de banco de investimento sob a gestão do novo presidente-executivo, Tidjane Thiam.
As ações do banco caíam cerca de 11 por cento às 7h47 no horário de Brasília, depois de o segundo maior banco da Suíça também ter sinalizado um início difícil para 2016.
"As condições do mercado em janeiro de 2016 permaneceram desafiadoras e esperamos que os mercados continuem voláteis durante o restante do primeiro trimestre, com questões macroeconômicas persistinto", disse Thiam, presidente-executivo desde julho, nesta quinta-feira.
Em outubro, Thiam embarcou na maior renovação do Credit Suisse em quase uma década. Ele levantou novo capital de acionistas, elevou sua aposta na gestão de fortunas, reduziu seu banco de investimentos e cortou postos de trabalho.
Pouco mais de quatro meses depois, muitos analistas ainda não estão certos sobre como o Credit Suisse atingirá suas metas de crescimento, que incluem mais que dobrar sua receita antes de impostos na região Ásia/Pacífico até 2018.
O banco teve prejuízo líquido em 2015 de 2,94 bilhões de francos suíços, resultado pior que a estimativa média de analistas em pesquisa da Reuters de perda de 2,12 bilhões.
Como esperado, registrou um encargo de depreciação de ágio de 3,8 bilhões de francos no quarto trimestre como resultado da nova direção estratégica que Thiam está perseguindo. O encargo estava principalmente relacionado à aquisição da Donaldson, Lufkin & Jenrette em 2000, disse.