🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Crise de confiança pode levar Credit Suisse a vender ativo

Publicado 04.10.2022, 04:03
Atualizado 04.10.2022, 07:10
© Reuters.  Crise de confiança pode levar Credit Suisse a vender ativo
CSGN
-

A crise de confiança que paira sobre o Credit Suisse (SIX:CSGN), segundo maior banco da Suíça e um dos maiores do mundo, se agravou neste começo da semana. A ação do banco chegou a cair 12% na Bolsa de Zurique, batendo nas mínimas históricas, e o Credit Default Swap (CDS) da instituição, derivativo de crédito que protege contra calotes, subiu novamente e chegou a superar os 300 pontos, atingindo patamar recorde ao ultrapassar os níveis vistos na crise financeira mundial de 2008.

Há poucos meses, o banco era avaliado em mais de US$ 30 bilhões. Ontem, valia menos de US$ 10 bilhões em meio a comparações com a delicada situação do Deutsche Bank em 2016 ou com o americano Bear Stearns, que faliu em 2008 e desencadeou a crise financeira mundial. A título de comparação, o neobanco brasileiro Nubank (BVMF:NUBR33) vale US$ 22 bilhões na Bolsa de Nova York. Os analistas do Citi minimizaram os riscos, mas recomendaram que só os "corajosos" apostem nas ações do banco.

Com o agravamento da situação, o novo CEO do Credit, Ulrich Koerner, distribuiu na última sexta-feira um comunicado interno falando que o banco está capitalizado e tem liquidez. Ao mesmo tempo, reconheceu que a situação do Credit é bastante "crítica".

O executivo admitiu também que as especulações sobre os rumos do banco vão prosseguir e podem ficar ainda mais ruidosas nas próximas semanas. No fim de semana, segundo o Financial Times, o comando do Credit conversou com investidores e clientes para tranquilizá-los sobre a situação de liquidez do banco.

ATIVOS NA MESA

O Credit promete divulgar, em 27 de outubro, quando anuncia seus resultados, um plano de reestruturação para cortar custos. Especula-se que os cortes podem superar US$ 1,5 bilhão. As conversas são de que o banco suíço terá de vender ativos.

E a América Latina pode ser uma das regiões com redução de negócios, segundo a imprensa suíça, embora os executivos tenham sinalizado disposição de manter o negócio no Brasil. Analistas da Keefe, Bruyette & Woods (KBW) estimam que o Credit pode precisar de ao menos US$ 4 bilhões, mesmo vendendo ativos.

No Brasil, além da operação própria local, o Credit é dono de 15,8% do Modalmais, do qual se tornou sócio em 2020. No mercado, essa fatia vale cerca de R$ 330 milhões. No quadro acionário, o Credit é acompanhado pelos controladores do Modal. A XP (BVMF:XPBR31), no entanto, fechou a compra do controle do banco em janeiro deste ano.

A crise de confiança no Credit reflete apostas erradas feitas por seus executivos nos últimos anos. Em meados de 2021, o Credit perdeu mais de US$ 10 bilhões de clientes em produtos da financeira inglesa Greensill, que faliu. Outra aposta problemática em 2021 foi a participação em empréstimos de mais de US$ 30 bilhões para a Archegos Capital Management, que também entrou em falência após uma aposta nas ações da ViacomCBS. O Credit calculou na época prejuízo perto de US$ 5 bilhões. Uma investigação independente do banco concluiu que houve falhas na gestão de riscos. Ao menos nove executivos foram demitidos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.