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Crise hídrica e setor elétrico: Analistas avaliam os principais impactos nas ações

Publicado 23.07.2021, 15:46
Atualizado 25.07.2021, 12:17
© Reuters.

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - Com a perspectiva de retomada do crescimento econômico neste ano, a previsão é também de um aumento no consumo de energia, mas a possibilidade de um racionamento e a fatura da conta de luz mais cara preocupam famílias e empresas brasileiras. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos. Mas, segundo analistas consultados pelo Investing.com, como a situação é transitória, não é o momento de pânico para quem investe nesse setor, que deve continuar atrativo.

As companhias de energia no Brasil atuam em três áreas: geração, transmissão e distribuição. Na B3, há o Índice de Energia Elétrica que mostra o desempenho médio das principais empresas do setor listadas, entre elas Copel (SA:CPLE6), Eletrobras (SA:ELET3), EDP Brasil  (SA:ENBR3) Engie Brasil (SA:EGIE3) e Light (SA:LIGT3).

Apesar do avanço de outras matrizes energéticas, o Brasil possui um sistema de geração predominantemente hídrico. Para tentar mitigar os efeitos da escassez de chuvas, que esvazia reservatórios e afeta a geração das hidrelétricas, o país recorre a fontes alternativas, como gás natural e energia solar. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANELL), as usinas eólicas corresponderam a 83% do acréscimo de potência no primeiro semestre deste ano. Na sequência, aparecem as usinas termelétricas e as pequenas centrais elétricas.

Acionamento de termelétricas

Relatório do Inter Research sobre a crise hídrica aponta que, mesmo na pior situação possível, não deve ocorrer um racionamento de energia devido à maior diversificação da matriz energética.

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No entanto, há um trade-off  na utilização das termelétricas, ou seja, há um preço a se pagar. Ao preservar a fonte hídrica, o custo marginal do sistema é elevado. “A atual crise hídrica se encontra em um momento bem distinto do que foi vivenciado em 2001. Houve uma diversificação considerável da capacidade de geração por outras fontes, em especial para a térmica que, embora seja mais cara, garante estabilidade para a oferta. Por  sua vez, a fonte eólica apresentou uma considerável evolução. Com o avanço da tecnologia a queda nos custos totais acabaram viabilizando os investimentos e tornando algo rentável.”, cita o documento.

Com a situação do fenômeno meteorológico La Niña, o relatório vê como período crítico os meses de outubro e novembro, considerando também o menor desempenho de fontes eólicas nesse momento. Entre outras medidas que poderiam mitigar a situação do fornecimento de energia estariam o retorno do horário de verão e a criação e uma nova bandeira tarifária vermelha patamar 3.

Efeitos diversos para geradoras, transmissoras e distribuidoras

Ilan Arbetman,  analista de research da Ativa Investimentos, explica que distribuidoras de energia focadas na indústria estão sendo beneficiadas pela recuperação econômica, principalmente no Nordeste e Norte, como Neoenergia (SA:NEOE3), que divulgou balanço nesta semana, e Equatorial (SA:EQTL3). Segundo o analista, a situação hidrológica é ruim, mas os resultados das companhias geradoras não devem ser afetados de forma drástica nesse segundo trimestre. “A evolução da nossa matriz garante que a gente tenha um nível de conforto para uma temporada”. Mas, se a crise hídrica continuar no segundo semestre, os balanços podem apresentar resultados menos promissores, como a Cesp (SA:CESP6) que possui 100% da matriz hidrelétrica. Outras empresas, como Eneva (SA:ENEV3) e Omega Geração  (SA:OMGE3), vem se mostrando como solução para diminuir a dependências das hidrelétricas

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Guilherme Tiglia, sócio da Nord Research, diz que a parte de transmissão está bem blindada. “Já distribuição é a parte mais volátil do setor elétrico, mas está passando por momento positivo do setor devido ao alto consumo relacionado à retomada econômica. Tem o risco de não conseguir entregar o que de fato está contratado, mas existem formas de se proteger contra isso”, acredita. Para Tiglia, caso o investidor acredite que os fundamentos serão mantidos, o setor energia continua a ser uma boa oportunidade de investimento. “O maior problema está nas geradoras de energia, principalmente as que possuem mais parcela nas hídricas, onde há uma produção abaixo do esperado. Até atingir período de mais chuvas, é natural que tenha uma queda de produção e, por outro lado, você tem que honrar contratos. Para essas empresas, se elas não conseguem produzir o que foi contratado, elas muitas vezes precisam comprar energia e pagar preços mais altos e isso é prejudicial para os resultados”, ressalta.

Pagamento de dividendos

Mesmo com as diferenças entre as características das empresas de energia listadas na Ibovespa, o setor de energia é conhecido como um dos mais perenes e por ser grande pagador de dividendos. Com os custos mais elevados devido à situação hídrica, há a possibilidade de diminuição nos lucros e, por consequência, dos dividendos.  Esse seria caso das geradoras, mas não das transmissoras e distribuidoras, segundo Arbetman. O analista acredita que o prejuízo na compra de energia de curto prazo das geradoras não será o suficiente para que elas não efetuem pagamento de dividendos. “É possível que se de fato a situação ficar mais difícil elas reduzam o pagamento”, pondera.

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Arbetman traz ainda alguns atenuantes. A situação hídrica neste ano não deve se manter e existem soluções dentro do setor que podem oferecer que o investidor quer em relação aos dividendos, principalmente as transmissoras, como a Taesa (SA:TAEE4). Já a EDP Brasil (SA:ENBR3), que pode ser beneficiada pela retomada industrial, possui uma politica de pagamento de proventos fixa, com riscos de oscilações menores. Caso o investidor busque outros setores com a estratégia de alcançar dividendos maiores, entre outras oportunidades citadas estão os setores de siderurgia, mineração e os bancos.

Tiglia  acredita que pode ser que ocorra redução do pagamento de dividendos das empresas mais afetadas, mas não apostaria nesse cenário. “Acho que ainda não é o caso. E é uma situação que vai passar. É um momento bom pensando em oportunidades”, pondera. Assim como Arbertman, Tiglia coloca o setor bancário como alternativa para o investidor que busca papéis com bons pagamentos de dividendos. No entanto, alguns riscos devem ser ressaltados como motivos de cautela, como os impactos da pandemia e mudanças na reforma tributária que podem afetar o pagamento de juros sobre o capital próprio.

 

Últimos comentários

Após 12 anos neste negócio, estou cansado de ouvir/ler os analistas de empresas...e sempre é a mesma coisa!! Srs investidores, estudaram as empresas?? Se estudaram o case direito, podem continuar aportando....se cair, aportem mais...E depois colham os resultados....Alguma empresa perdeu os fundamentos por não chover?? Os bancos, que eles no fim do artigo propõem a compra,estes sim possuem problemas de perdas de receitas por questões estruturais...
bem isso
de acordo
É sempre a mesma conversa
Tempestade perfeita para o setor elétrica, quando as empresas listadas na bolsa de valores caírem 25%. Os investidores vão ficar torcendo para o São Pedro. Então, quem tem posição comprada fique olhos bem abertos. Faz uma venda coberta ou stop os ativos.
bozoNer0: 5 - 4 = 9 ; Ciro Nogueira do centrão na casa Civil; Quer a volta do voto em papel e dos orelhões. bozoN4zi: o pior pr3sidente da História do Brasil.
Site errado meu caro, para estes posts...
socialista aqui não dá
🎶🎵 Um conto de FARDAS... E um Pai Zueiro 🎵🎶
A falta de chuva é culpa do Bolsonaro kkkkkkkkk
Quem vai salvar é o Bozo, desmatando tudo pra criar mais soja e "gado"!
Calma, nine fingers virá salvar o país!!
deveria o governo ter o compromisso independente do governo correr para formação de parques eólicos e solares. mudança na matriz energética, a tendência é cada vez mais secas...
Impossivel um parque eolico ou solar substituir ums hidroeletrica de medio ou grande porte Seria necessarios milhoes de paineis solares ou de torres de geracao eolica e o preco muito maior de geracao
Segundo o desgoverno, não vai ter racionamento. O desgoverno tem fé que a chuva voltará..... Vamos rezar e fazer jejum pela chuva, nào precisa de planejamento. Queima tudo.... Aproveita e procura uma rachadinha para fazer com as empresas de energia tb....
Talvez com o "governo" anterior tenha sido melhor! Quase uma década e meia afundando o país e nenhuma solução prática para os problemas. Solução para os problemas do Brasil, claro., pq em Cuba, Nicarágua, Venezuela e tantos outros "hermanos" houveram rios do nosso dinheiro solucionando problemas!! Daí em 2,5 anos o Presidente tem a obrigação de fazer um milagre!! De boa amigo, vai embora pra Venezuela ou em Cuba, lá é que tem "governo" de vdd!!
 Pq um governo foi incompetente e corrupto temos que ficar com outro incompetente e corrupto, De boa, amigo, vai embora para Venezuela ou Cuba. Por lá tem tem milicos incompetentes saqueando o pais.
Se ouvi crise lets buy
Crise hidrica daqui um pouco chove os profetas somem kkk
Praticamente não tem mais quase nada para ser vendido no Brasil, quando venderem todas as estatais, quero ver qual vai ser o papo da galera... pq esse papo de privatização já deu... Porque as empresas privadas não investem e ocupam o espaço dessas "malditas" estatais deficitárias e ineficientes... Fala sério pessoal o problema do Brasil é muito maior que simplesmente privatizar....
Alguma notícia sobre os EUA, especialmente a Califórnia, que está sob intensas queimadas? Pois é, e a culpa por isto lá é do Bolsonaro!
Cuidado,,, mta alfafa,, causa cegueira e hidrolatria ,, bozo não precisa de babá ovos,,,,,ta passando vergonha,,,,,
A pequena diferença lá é que a queimada das florestas é algo natural, todo ano pega fogo, inclusive os frutos só germinam após pegarem fogo, aqui a queimada é criminosa e com objetivo de limpar a área para ocupação da agricultura e pastos por exemplo. vai estudar antes de escrever e propagar fake news.....
Muito bom o texto, adorei
Se o Brasil crescer 3% a.a. durante 5 anos, aí sim o colapso está realizado, não vamos ter condições de atender a demanda. É brincadeira, e ainda temos uns cegos que são contra a privatização do setor elétrico.
As ONGS, ambientalistas e boa parte do de orgaos publicos ideologizados deveriam responder solidariamente pela crise quando sistematicamente dificultaram ou impediram as construcoes de hodreletricas, especialmente na amazonia
E a sua solução é simplesmente essa? A privatização. tsc tsc Brasil: país de respostas simplistas para problemas complexos. Por isso que sempre será "país em desenvolvimento".
exatamente, uns seres humanos com mentalidade de colonizados defendendo interesses de grandes empresários e investidores externos...
bozo: 5 - 4 = 9 ; Ciro Nogueira do centrão na casa Civil; Quer a volta do voto em papel e dos orelhões. bozo: o pior presidente da História do Brasil.
Você precisa trocar sua fonte de desinformação.
Vamos acabar com essa lenda de culpar São Pedro.
A culpa é dos ambientalistas e ONGS que tem sistematicamente imoedido a construcao de hidreletricas no pais
O governo e as empresas precisam rever seus conceitos. A médica das chuvas ficaram abaixo nós últimos 10 anos, errado, a nova média é a última dos últimos 10 anos, portanto a projeção de geração deve ser feito com essa média.
Se A médica das chuvas ficaram abaixo, troque  por um médico,rsrsrsrs
as médias
Incompetente Bolso da motociata, retira horário de verão pra fazer de conta que pensa igual ao povo e o país à beira de uma crise hídrica sem precedentes e aumentos sucessivos nas contas de energia pra bancar sua, outra vez, incompetência.
A sazonalidade das secas, incluindo o La Nina, é conhecido a décadas. O que não se graçae que a iniciativa privada não investiu o suficiente substituindo os investimentos do estado. E olha que não temos crescimento do PIB.
um texto bom de ler. parabens.
mas que não leva a nenhuma conclusão
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