Investing.com - A CSN reportou na quinta-feira (15) seu maior Ebitda trimestral já registrado no 3T20, de R$ 3,5 bilhões, 122% acima do resultado do ano passado, 15% acima do consenso dos analistas e 17% acima da projeção do Safra. Como resultado, o banco elevou seu preço-alvo para as ações da empresa, de R$ 17,6 para R$ 23, mantendo classificação de Compra acreditando que ainda há espaço para valorização.
Já o Goldman Sachs, considerando os resultados e a dívida líquida, o valor de mercado da participação da CSN na Usiminas (SA:USIM5), o pré-pagamento do minério de ferro e possíveis riscos, mantém classificação Neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 18.
Às 16h40, a CSNA3 operava a R$ 19,51, alta de 0,31%.
Os resultados da companhia foram fortes em todos os segmentos, sendo o principal deles a mineração, impulsionada por maiores volumes, preços melhores e um custo menor por tonelada. Na divisão de aço, os principais destaques foram o volume doméstico e os preços mais altos. Finalmente, a unidade de cimento também se destacou, pois a forte atividade de construção impulsionou maiores volumes e preços.
Um dos destaques do trimestre foi o crescimento de caixa devido à forte performance operacional, que levou a uma alavancagem de 3,7x dívida líquida/Ebitda, contra 5,2x no segundo trimestre. Para o Goldman Sachs, a empresa deve ser capaz de alcançar seu alvo de cerca de 3x até o fim de 2020.
Fatores que, na visão do Goldman, poderiam fazer com que a performance da ação fosse melhor do que a esperada são preços mais altos para aço e minério de ferro, uma desvalorização maior do que a esperada do real e a potencial venda de ativos com fundos utilizados para reduzir a alavancagem.
O Goldman aponta como principais riscos, por outro lado, os preços mais baixos de aço e minério de ferro e riscos operacionais. O Safra acrescenta ainda a desaceleração da demanda chinesa, uma recuperação mais lenta do que o esperado do PIB brasileiro e a depreciação do dólar.