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CSN vê mercado de aço no Brasil forte até 1º tri de 2021, vai elevar preços em novembro

Publicado 16.10.2020, 13:13
© Reuters. .
CSNA3
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SÃO PAULO (Reuters) - A situação de desequilíbrio entre oferta e demanda de aço no Brasil deve persistir até o fim do primeiro trimestre de 2021, com forte movimento de recomposição de estoques de compradores da liga, acompanhado por uma recuperação de setores industriais, afirmaram executivos da CSN (SA:CSNA3) nesta sexta-feira.

A empresa que divulgou forte resultado na véspera, incluindo alta de 27% nas vendas de aço no terceiro trimestre ante mesmo período do ano passado, vai aproveitar o momento e aplicar um novo ajuste de preços em novembro, disseram executivos durante teleconferência com analistas.

"Hoje o prêmio é negativo em laminados a quente e a frio da ordem de 5% a 6%, permitindo, sim, um novo aumento...Vamos aumentar em 10% em novembro (os preços de aços planos) e 7,5% no (aço) zincado", disse o diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, referindo-se à diferença de preço entre o aço produzido no Brasil e o importado, que segue mais caro que o nacional. A empresa também vai aumentar os preços de aços longos em novembro, em 10%, disse.

De janeiro a agosto, a CSN elevou os preços de aços planos laminados a quente para setores como distribuidores em cerca de 40%, enquanto os aços laminados a frio tiveram incrementos acumulados de 29%, disse Martinez. Em outubro, a empresa elevou seus preços entre 11,75% e 13,5%, acrescentou.

Martinez afirmou que os reajustes ocorreram para compensar diferenças de preços nos mercados internacionais, além de fortes altas nos custos com matérias-primas como minério de ferro e carvão, exacerbados por variações cambiais.

O executivo afirmou que a CSN já iniciou negociações para elevar preços de aço vendido a montadoras de veículos e outros setores industriais, como de linha branca. Nestes segmentos, a empresa trabalha com contratos de mais longo prazo, semestrais ou anuais, que até agora não foram impactados pela variação de preços sofrida pelo setor de distribuição.

"Não tem como a gente falar em índice menor que 30% para as montadoras", disse Martinez. "Não é questão de oferta e demanda, mas de reposição de custo", acrescentou.

As montadoras de veículos foram fortemente impactadas pela paralisação do mercado após a adoção de medidas de isolamento social desde o fim de março. De lá para cá, com a flexibilização das medidas, as vendas têm mostrado forte recuperação, o que tem feito entidades que representam o setor a reduzirem suas previsões de queda de vendas para o ano.

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, disse que no terceiro trimestre a companhia consumiu todo seu estoque de aço, incluindo o "de emergência", mesmo trabalhando a plena capacidade. Segundo ele, com o alto-forno 2 da usina de Volta Redonda (RJ) voltando a trabalhar "cheio" a partir de novembro, a empresa deverá conseguir reduzir mais seus custos fixos.

"Acreditamos que a partir do quarto trimestre, a questão de oferta e procura (por aço) começa a se equilibrar", disse.

PLANOS

Diferente de trimestres anteriores, quando executivos da empresa mencionaram eventuais planos para vendas de ativos e mesmo IPO da área de mineração, na teleconferência desta sexta-feira não houve comentários a respeito.

Apesar disso, Steinbruch mencionou que conforme a CSN consiga reduzir sua alavancagem no final de 2021 para o nível de 2,5 vezes a dívida líquida sobre Ebitda ajustado, poderá aproveitar oportunidades de aquisições.

Nesta frente, o executivo citou um cenário de consolidação na indústria de cimento causado por crises anteriores que deixaram alguns produtores em condição de fragilidade diante de níveis elevados de ociosidade de capacidade produtiva.

"Acreditamos que vai haver uma mudança significativa em termos de consolidação, já que a ociosidade que se apresenta não é toda verdadeira", disse Steinbruch. "Tem muita capacidade nominal que não tem viabilidade de custo. Acreditamos que tem possibilidade de crescimento orgânico e, eventualmente, oportunidades de aquisição", acrescentou.

Steinbruch afirmou que em mineração a empresa tem feito investimentos para ampliar capacidade de produção e que eles são "autossustentáveis". Já em siderurgia, o foco da empresa está em ganhos de produtividade e de qualidade. "Tem potencial grande a ser explorado nisso", disse.

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Sobre os desdobramentos para ampliação da oferta de gás natural no país e seu aproveitamento como fonte de matéria-prima e de energia por setores industriais, Steinbruch afirmou que a CSN está "em posição de estudar alternativas de investimento nessa área", mas não deu detalhes.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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