Investing.com - Na parte final da manhã desta quinta-feira, as ações da CVC (SA:CVCB3) operam com valorização de 1,63% a R$ 44,30, recuperando assim parte das perdas registradas na sessão de ontem. A companhia fechou parceria com a empresa de fidelidade do Bradesco (SA:BBDC4) e do Banco do Brasil (SA:BBAS3), a Livelo.
Pelo acordo, os clientes do programa poderão utilizar seus pontos na compra de produtos nas mais de 1,2 mil lojas físicas da CVC. A Coinvalores destaca que o guidance da empresa prevê a abertura de mais cem pontos físicos neste ano, mantendo o ritmo de inaugurações visto nos últimos dois anos.
Apesar de não haver valores divulgados pelas companhias, os analistas da corretora entendem que a notícia é positiva para a CVC, dado o maior potencial de venda nas lojas físicas que representam cerca de 60% do faturamento do grupo.
No começo do mês, analistas da JP Morgan cortaram a recomendação dos papéis da companhia de neutra para underweight, colocando preço-alvo em R$ 47 para dezembro de 2019.
Para o JP Morgan, os múltiplos atuais das ações já refletem expectativas de crescimento sólido e alta de margens, enquanto já têm prêmio em relação a pares internacionais.
"Além disso, o rápido surgimento de OTAs (agência de viagens online) no Brasil, assim como o (cenário) macro, começa a representar riscos mais altos para as previsões", destacaram os analistas do banco.
Para o JP Morgan, a CVC está se tornado mais agressiva comercialmente, aumentando o número de parcelas sem juros para até 12 vezes na maioria das vendas físicas, em um ambiente não muito positivo para as reservas.
Outro ponto citado foi a recente depreciação do real, que pode representar um forte obstáculo ao crescimento de pacotes internacionais, que foi o principal impulsionador de reservas de lazer, enquanto a previsão mais lenta de crescimento da economia poderia ser um obstáculo para o segmento corporativo.
Com Reuters.