SÃO PAULO (Reuters) - Uma superintendência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que a chinesa State Grid deverá aumentar o preço de sua oferta pública de aquisição de ações de minoritários na CPFL Renováveis para 14,60 reais por papel, contra 13,81 reais anteriormente, informou a elétrica em comunicado nesta terça-feira.
A oferta aos minoritários é obrigatória depois de a State Grid, maior elétrica do mundo, ter comprado a CPFL Energia (SA:CPFE3), controladora da CPFL Renováveis, mas acionistas minoritários têm questionado os valores oferecidos em uma longa discussão junto ao órgão regulador do mercado.
De acordo com o comunicado da CPFL Renováveis, a CVM decidiu que a Demonstração Justificada de Preço (DJP) da State Grid no âmbito da oferta "deve ser ajustada" para utilizar dados de Ebitda da CPFL Energia (orçamento 2016-2020) consolidados de acordo com o padrão contábil IFRS, o que levaria ao novo valor.
A oferta original da State Grid aos minoritários envolveria 12,20 reais por ação, mas posteriormente uma decisão da área técnica da CVM chegou a propor um preço mínimo de 16,69 reais..
Em junho, a State Grid apresentou uma nova demonstração justificada de preço, que levou a um valor de 13,81 reais por papel.
Após a mais recente decisão da superintendência CVM, a CPFL Renováveis disse em comunicado que voltará a divulgar a seus acionistas e ao mercado em geral "quaisquer desdobramentos relevantes que lhe sejam informados acerca do assunto".
A CPFL Renováveis opera parques eólicos, usinas à biomassa e pequenas hidrelétricas, além de uma usina solar, em um total de cerca de 2,1 gigawatts em capacidade instalada.
Entre os acionistas minoritários da empresa estão o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (SA:BBAS3) (Previ), a gestora de recursos Pátria, os bancos BTG Pactual (SA:BPAC11) e Bradesco BBI e os fundos FIP Arrow e FIP Brasil Energia, entre outros.
(Por José Roberto Gomes)