Preocupação com reflexos de decisão de Dino no sistema financeiro derruba ações de bancos
Por Siddhi Mahatole
(Reuters) - A Viking Therapeutics informou nesta terça-feira que seu remédio experimental para perda de peso ajudou pacientes a perder 12,2% do peso corporal num estudo de fase intermediária, abaixo do topo das expectativas de Wall Street, derrubando suas ações em 41%.
No estudo com 280 pessoas, composto por adultos acima do peso e obesos, aqueles que receberam a dose mais alta do medicamento da Viking, o VK2735, perderam, em média, 12,2% do peso corporal em 13 semanas, contra 10,9% dos que receberam placebo.
No entanto, cerca de 20% dos pacientes que tomaram o VK2735 abandonaram o estudo devido a efeitos adversos, principalmente relacionados a problemas gastrointestinais, como vômitos e náuseas, em comparação com 13% no grupo que recebeu placebo.
O presidente-executivo da Viking, Brian Lian, disse que a empresa vai considerar aumentar a dose a cada quatro semanas em estudos futuros, em vez de a cada duas semanas, para ajudar a controlar os efeitos colaterais.
Analistas esperavam que o medicamento da Viking ajudasse a reduzir o peso corporal em 10% a 15%, após uma redução média de 8,2% em um estudo de fase inicial.
O analista do J.P. Morgan Hardik Parikh afirmou que o perfil do medicamento não está à altura de testes anteriores, mas que os efeitos colaterais podem ser gerenciados com ajustes na dose, especialmente em função da alta taxa de descontinuação no grupo do placebo.
Até o fechamento de segunda-feira, as ações da Viking tinham acumulado alta de 4,6% no ano, impulsionadas pelo otimismo em relação ao remédio.
No início de agosto, a pílula experimental orforglipron, da Eli Lilly, levou à perda de 12,4% do peso corporal numa pesquisa de estágio final durante 72 semanas. A notícia reduziu o valor de mercado da empresa em mais de US$100 bilhões naquele dia.
Separadamente, o medicamento da Novo Nordisk (CSE:NOVOb) levou a uma perda de peso de 15% em 68 semanas. Ambas as farmacêuticas preveem lançar seus medicamentos até o próximo ano.
(Reportagem de Sriparna Roy e Siddhi Mahatole em Bengaluru)