Tarifas mais altas de Trump atingem produtos dos principais parceiros comerciais dos EUA
Investing.com – O desempenho superior do mercado acionário dos EUA ainda não chegou ao fim, apesar dos desafios trazidos pelos novos modelos de IA da DeepSeek, segundo a Capital Economics.
Após uma forte correção na segunda-feira, os mercados acionários americanos apresentaram melhora nas sessões seguintes, registrando uma leve alta na quinta-feira e sinais positivos para a abertura de sexta-feira.
Os mercados internacionais tiveram um desempenho ainda melhor. “Apesar de praticamente não sofrerem impacto na segunda-feira, esses mercados acompanharam o movimento de recuperação nos dias seguintes e, até agora, superaram confortavelmente os EUA nesta semana”, afirmou a Capital Economics em relatório publicado na sexta-feira.
A consultoria não vê a DeepSeek como uma ameaça estrutural à bolha de IA. “Na verdade, o interesse gerado pela startup apenas reforça o entusiasmo em torno da tecnologia”, destacou o relatório.
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DeepSeek pode gerar volatilidade, mas não abala a liderança das Big Techs
A Capital Economics comparou o momento atual com o último ano da bolha da internet (dotcom), quando as ações dos EUA começaram a perder força frente a outros mercados desenvolvidos, mesmo após ganhos expressivos. Embora reconheça que a DeepSeek possa provocar um efeito semelhante, a consultoria acredita que ainda é cedo para descartar o potencial do mercado americano.
“A tecnologia de IA segue evoluindo rapidamente, e acreditamos que o setor de big techs dos EUA continuará na vanguarda dessa transformação”, afirmou a Capital Economics.
A empresa também apontou que concorrentes chineses podem enfrentar obstáculos, especialmente com o endurecimento dos controles de exportação.
Tarifas comerciais podem ser novo fator de risco para ações globais
Além dos desafios trazidos pela DeepSeek, a Capital Economics mencionou os riscos ligados à possível imposição de tarifas comerciais, que podem impactar os mercados globais. Embora as tarifas não sejam um fator positivo para as ações americanas, seu efeito sobre os mercados de outras regiões pode ser ainda mais negativo.
A consultoria relembrou o período da guerra comercial durante o governo Trump, quando os mercados acionários dos EUA superaram os da China, que foi o principal alvo das tarifas.
“Se Trump seguir adiante com suas novas ameaças tarifárias, o mercado acionário americano pode, mais uma vez, resistir melhor do que a maioria”, concluiu o relatório.
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