(Reuters) - As demissões na Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (BVMF:AMZO34) vão subir para mais de 18.000 como parte de uma redução da força de trabalho divulgada anteriormente, disse o presidente-executivo da companhia, Andy Jassy, em comunicado na quarta-feira.
As dispensas, que serão comunicadas a partir de 18 de janeiro, terão grande impacto nas áreas de comércio eletrônico e recursos humanos da empresa, disse ele.
Os cortes representam 6% da força de trabalho corporativa da Amazon, que totaliza cerca de 300.000 pessoas, e representam uma reviravolta, uma vez que a varejista recentemente dobrou seu teto salarial básico para competir de forma mais agressiva por talentos.
A Amazon tem mais de 1,5 milhão de trabalhadores, incluindo pessoal dos depósitos, sendo a segunda maior empregadora privada dos Estados Unidos, atrás do Walmart (NYSE:WMT) (BVMF:WALM34).
Jassy disse no comunicado que o planejamento anual tem sido "mais difícil" devido às incertezas econômicas e ao fato de que a companhia contratou "rapidamente" nos últimos anos.
A Amazon começou a demitir funcionários de sua divisão de dispositivos em novembro. Uma fonte disse à Reuters na época que a companhia planejava cerca de 10.000 cortes.
A indústria de tecnologia demitiu mais de 150.000 trabalhadores em 2022, de acordo com o site de rastreamento Layoffs.fyi.
A Amazon no Brasil não respondeu imediatamente a questionamentos sobre potencial impacto dos cortes em funcionários locais.
A mudança de ventos na Amazon foi gritante. De um negócio considerado essencial durante a pandemia, através da entrega de mercadorias, a companhia agora vê demanda menor do que a esperada por seus produtos.
As demissões da Amazon superam os 11.000 cortes anunciados no ano passado pela Meta Platforms (NASDAQ:META) (BVMF:M1TA34), controladora do Facebook.
O comunicado de Jassy veio após o Wall Street Journal dizer que a Amazon demitiria mais de 17 mil pessoas. Jassy afirmou que a Amazon optou por divulgar a notícia antes de informar a equipe afetada devido a um vazamento
A Amazon ainda deve protocolar certos avisos legais sobre demissões em massa e planeja pagar indenizações.
Jassy disse: "A Amazon resistiu a economias incertas e difíceis no passado e continuaremos a fazê-lo".
(Por Jeffrey Dastin, em Palo Alto, Uday Sampath, em Bengaluru, e David Latona, em Madrid; reportagem adicional de André Romani, em São Paulo)