Desembolsos do BNDES caem 46% no 1º tri, a R$18 bi

Publicado 26.04.2016, 14:30
Atualizado 26.04.2016, 14:40
© Reuters.  Desembolsos do BNDES caem 46% no 1º tri, a R$18 bi

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou 18,1 bilhões de reais no primeiro trimestre, uma queda de 46 por cento ante o mesmo período de 2015, em meio à recessão econômica, baixa confiança e regras mais rigorosas na concessão de financiamentos de menor custo.

Os desembolsos para os setores de Infraestrutura e de Comércio e Serviços recuaram 51 por cento na comparação com o primeiro trimestre de 2015, para 5,7 bilhões e 3,7 bilhões de reais, respectivamente. Para a Indústria, as concessões foram 48 por cento menores, a 5,4 bilhões de reais, informou o banco de fomento nesta terça-feira.

No período de 12 meses encerrado em março, os desembolsos do BNDES somaram 120,75 bilhões de reais, queda de 32 por cento ante os 12 meses até março do ano passado.

Os números mostram uma extensão de um movimento que já dura cerca de dois anos, seguindo a progressiva desaceleração da economia do país, além de regras mais duras tomadas pelo governo no ano passado para cessão de recursos referenciados na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), a taxa mais barata do mercado.

No espaço de 12 meses encerrado em abril de 2014, por exemplo, os desembolsos do banco foram de quase 200 bilhões de reais.

Outro indicador divulgado pelo BNDES, o de aprovações de financiamentos, etapa anterior aos desembolsos, indica que uma recuperação não deve acontecer em breve.

Segundo a instituição, as aprovações de novos empréstimos entre janeiro e março somaram 13,5 bilhões de reais, queda anual de 37 por cento. Em 12 meses até março, o total de aprovações caiu 46 por cento.

Mas o BNDES destacou a desacelaração no ritmo de queda das consultas, primeira fase do processo, puxado principalmente pela maior interesse mostrado pela indústria.

As consultas recuaram 7 por cento no trimestre, enquanto a etapa seguinte, de enquadramento, teve baixa de 4 por cento, também na comparação ano a ano.

"A desaceleração é reflexo, principalmente, do comportamento da indústria, cujas consultas, no montante de 8,1 bilhões de reais no primeiro trimestre, aumentaram 77 por cento", disse o BNDES em comunicado.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Texto de Aluísio Alves)

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