Por Tom Sims
FRANKFURT (Reuters) - O Deutsche Bank está cortando mais de 7 mil empregos para reduzir custos e voltar a ter lucro, enquanto mantém seu alcance internacional e seu novo presidente-executivo busca tranquilizar investidores e clientes.
O maior banco da Alemanha informou que o número global de funcionários cairia de 97 mil para 90 mil, com um corte de 25 por cento nas vagas em trading e vendas de ações, principalmente em Nova York e Londres, onde vem perdendo terreno para rivais norte-americanos.
O Deutsche Bank não forneceu um número específico, mas uma pessoa com conhecimento do assunto disse à Reuters antes da assembleia-geral anual da instituição, na quinta-feira, que o banco pretende cortar 10 mil postos de trabalho.
Christian Sewing, que se tornou presidente-executivo em uma mudança repentina no mês passado, afirmou que o banco está comprometido com sua presença internacional, reiterando o plano de reduzir o banco de investimento global e focar na Europa e em seu mercado doméstico após três anos consecutivos de prejuízos.
"Continuamos comprometidos com nosso banco corporativo e de investimentos e com nossa presença internacional - somos inabaláveis nisso", disse Sewing, reconhecendo um ambiente de receita "desafiador".
O Deutsche Bank já demitiu 600 empregados do banco de investimento nas últimas sete semanas e cortará os gastos no segmento em 1 bilhão de euros até o final de 2019.
Há muito tempo, o Deutsche Bank tem sido uma referência na concessão de empréstimos e consultoria para empresas alemãs que buscam expandir-se no exterior ou levantar recursos por meio dos mercados de bônus ou ações, um papel que teve o apoio tácito de sucessivos governos em Berlim.