Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 7 de maio, sobre os mercados financeiros:
1. Vice-premiê da China confirma participação em negociações comerciais
Os tuítes de domingo do presidente Donald Trump, que criaram instabilidade ontem, ainda estavam agitando os mercados na terça-feira, antes de outra rodada de negociações comerciais de alto nível.
O Ministério do Comércio da China finalmente confirmou nesta terça-feira que o vice-primeiro-ministro Liu He participará das negociações em Washington, de 9 a 10 de maio, oferecendo alguma esperança de que as conversações não tenham sido completamente derrubadas.
No entanto, o representante comercial Robert Lighthizer e o secretário do Comércio, Steven Mnuchin, insistiram que a China não estava cumprindo os compromissos e que os planos para elevar as tarifas sobre as importações chinesas a partir de sexta-feira ainda irão adiante.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse na terça-feira que as tarifas não resolverão nenhum dos problemas da disputa comercial em andamento.
2. Ações globais cautelosas e voláteis, imersas na incerteza do comércio
As ações globais ainda permanecem voláteis nesta terça-feira, em meio a preocupações sobre o diálogo comercial EUA-China.
Nervos permaneceram à flor da pele com os futuros dos EUA apontando para uma menor abertura com a aversão ao risco continuando a pesar. Os futuros do Dow caíam 156 pontos, ou 0,6%, enquanto os futuros do S&P 500 perdiam 18 pontos, ou 0,6%, e o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha baixa de 45 pontos, ou 0,6%.
Wall Street havia terminado na segunda-feira no vermelho, mas o fato de que o Dow conseguiu reduzir as perdas em mais de 300 pontos diminuiu um pouco o mau humor.
As ações chinesas encenaram uma recuperação tímida depois que o Shanghai Composite teve sua pior queda em mais de três anos na segunda-feira. Volume foi no entanto cerca de 30% menor do que a média de um mês, sugerindo uma falta de convicção.
O Japão se recuperou em seu primeiro dia de negociações desde o feriado prolongado, com o Nikkei 225 encerrando em baixa de 1,6%.
As bolsas europeias adotaram uma postura cautelosa, especialmente após uma fraca leitura das encomendas às fábricas na Alemanha, a maior economia da zona do euro. O índice pan-europeu Euro Stoxx 50 recuava 0,5% às 6h31.
3. Petróleo tenta se equilibrar entre as preocupações com o comércio e o conflito no Irã antes do relatório de estoques
Os preços do petróleo caíram na terça-feira, mas pouco mudou nesta semana, com os investidores equilibrando a evolução do comércio com o aumento das tensões no Golfo Pérsico, enquanto os mercados se preparavam para os dados semanais sobre os estoques de petróleo dos EUA.
A ameaça de aumento das tarifas impostas por Trump às importações chinesas pressionaram o petróleo para baixo, reavivando temores de que uma guerra comercial diminua o crescimento global e, consequentemente, também a demanda por petróleo.
Equilibrando isso, Axios citou o correspondente diplomático do canal 13 de Israel, Barak Ravid, dizendo que Israel passou informações para os EUA sobre uma suposta trama iraniana para atacar os interesses americanos no Golfo Pérsico.
A informação, de acordo com o relatório, foi a razão por trás da decisão do Conselheiro Nacional de Segurança, John Bolton, de enviar um grupo de ataque de porta-aviões e bombardeiros para a área.
Apesar de ter crescido mais de 30% até agora este ano, o petróleo tem estado sob pressão recentemente, conforme dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), como mostrado por uma grande acumulação de estoques após a outra durante as últimas seis semanas. Na semana passada, os os estoques americanos cresceram em quase 10 milhões de barris, de acordo com o EIA.
O Instituto Americano de Petróleo deverá publicar sua atualização semanal sobre os estoques de petróleo dos EUA às 17h30, seguidos pelos dados oficiais do governo na quarta-feira.
4. Maltradada, Lyft busca recuperação após balanço antes do IPO da Uber
A empresa de compartilhamento de automóveis, Lyft (NASDAQ:LYFT) estará em destaque com a divulgação do balanço após o fechamento do pregão, nesta terça-feira. Em média, os analistas estão projetando um prejuízo de US$ 3,33 por ação, de acordo com as previsões compiladas pelo Investing.com.
A receita deve chegar a cerca de US$ 740 milhões.
Este é o primeiro relatório de lucros da Lyft desde a sua estreia no final de março. Desde então, tem sido martelada pelo mercado, com ações abaixo de 22% desde o primeiro dia de negociação.
O desempenho lançou uma nuvem sobre a estréia do rival Uber no mercado de ações, que deve ocorrer na sexta-feira, sinalizando que o entusiasmo dos investidores por startups deficitárias tem seus limites.
Espera-se que o Uber (NYSE:UBER) precifique sua oferta na quinta-feira no que os analistas preveem que o maior IPO desde o Alibaba (NYSE:BABA) em 2014, e o maior por uma empresa americana desde o Facebook (NASDAQ:FB) em 2012.
5. Reviravolta política na Turquia leva a lira a nova crise
A lira turca caiu para uma mínima de oito meses depois que as autoridades eleitorais do país anularam os resultados da recente eleição municipal de Istambul.
A decisão provocou protestos de rua imediatamente na maior cidade da Turquia contra o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan, empurrando o dólar para 6,1975 lira no início do pregão na terça-feira.
Esse é a maior queda desde setembro do ano passado, quando o aumento das taxas de juros em dólar e um pesado cronograma de pagamento da dívida externa ameaçaram derrubar o sistema bancário do país.
As dificuldades econômicas desde o verão passado contribuíram para que o partido de Erdogan, o AK, perdesse o controle das três maiores cidades da Turquia nas eleições de março. O banco central, que manteve as taxas de juros altas desde a crise do ano passado, ainda não conseguiu impedir a saída de reservas estrangeiras.