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Diplomatas europeus recomendam que UE não negocie com colônias judaicas

Publicado 27.02.2013, 14:03

Ana Cárdenes.

Jerusalém, 27 fev (EFE).- Os chefes das missões diplomáticas da União Europeia (UE) em Jerusalém Oriental e Ramala recomendaram a Bruxelas, sede da entidade, que impeça e não estimule os negócios com colônias judaicas na Palestina, em um relatório interno que a Agência Efe teve acesso nesta quarta-feira.

O documento pede que as autoridades europeias e os países-membros do bloco "impeçam, não incentivem e se conscientizem das implicações problemáticas das transações financeiras, incluídas os investimentos estrangeiros diretos da UE, em apoio das atividades dos assentamentos, sua infraestrutura e serviços".

Os representantes europeus consideraram a expansão das colônias em Jerusalém Oriental o maior risco para a implantação da solução de dois Estados. O texto disse ainda que "Israel está perpetuando ativamente a anexação ilegal de Jerusalém Oriental".

Os chefes das legações diplomáticas realizam a cada ano uma série de recomendações a Bruxelas, que nesta ocasião incluem várias de conteúdo econômico.

Embora o documento não recomende sanções nem a proibição da importação de produtos procedentes dos assentamentos, o relatório pede que as colônias não recebam o tratamento preferencial que Israel tem nas transações com a UE. Além disso, exigem que os produtos dos assentamentos sigam as regras de embalagem e etiquetagem, para que os consumidores tenham informações sobre o que estão comprando.

Os diplomatas também recomendaram que os cidadãos e empresas europeias sejam informados "dos riscos legais e financeiros de comprar propriedades ou realizar serviços nos assentamentos", e que "os assentamentos são ilegais sob a lei internacional".

Em relação ao turismo, os representantes da UE na Palestina pediram que os profissionais da área recebam orientação para não apoiarem negócios em assentamentos em Jerusalém Oriental.

O relatório denunciou que Israel está anexando esta parte do território palestino "através de planejamento restritivo, demolições e expulsões, acesso discriminatório a lugares religiosos, políticas educativas desiguais, fechamento contínuo das instituições palestinas e sistema restritivo de residência".

A construção de colônias de maneira "sistemática, deliberada e provocativa" afasta a solução de dois Estados, já que para que esta se realize "Jerusalém terá que se transformar na futura capital de dois Estados, Israel e Palestina", afirmaram os responsáveis da UE, que criticam a aprovação desde novembro de "um número sem precedentes de planos de construção ao redor da cidade".

A expansão das colônias de Har Homa e Giló são citadas como bastante problemáticas, assim como a construção da colônia de Givat Hamatos, porque "cortarão virtualmente o flanco sul de Jerusalém Oriental de Belém e do sul da Cisjordânia", plano que teria como objetivo final "tornar impossível que Jerusalém seja capital de dois Estados".

Outro dos grandes perigos destacados é o plano israelense para construir uma colônia na zona E1, ao leste da cidade, que significaria a transferência forçosa de 2.300 beduínos e "dividirá a Cisjordânia de forma efetiva em duas partes separadas, norte e sul", além de "cortar Jerusalém Oriental do resto da Cisjordânia".

O documento alertou também sobre o fato de que "85.000 palestinos estão em risco de demolição e deslocamento forçoso em Jerusalém Oriental", o que é apontado como uma ferramenta que Israel emprega para conseguir que a população palestina da cidade "não seja mais de 30% do total do município".

A revogação de permissões de residência para palestinos e o fato destas não serem diretamente transferidas de pais para filhos e a cônjuges é outro instrumento para atingir este objetivo, de acordo com o relatório.

O relatório também criticou a barreira de separação e o regime de permissões, que têm um impacto negativo social, humanitário e econômico sobre grande parte dos residentes palestinos e que os desliga do resto da Cisjordânia.

A "grave escassez" de instituições educacionais na parte árabe da cidade (com cerca de 5.000 crianças sem escola) e o fato de que "muitos estudantes e professores tenham que atravessar pelo menos um posto de controle militar a cada dia" para dar aulas são outros obstáculos enfrentados pelos palestinos.

Os chefes das missões europeias na Palestina denunciaram além disso as deficiências dos serviços de saúde e a ausência de liberdade religiosa.

"O governo de Israel aplica restrições legais e políticas à liberdade religiosa e ao acesso, em particular para os fiéis cristãos e muçulmanos, aos seus lugares sagrados localizados na Cidade Antiga", afirmou o texto. EFE

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