(Reuters) - A diretora artística da Chanel, Virginie Viard, está deixando a grife, informou a marca de luxo nesta quinta-feira, dando início a especulações sobre quem a substituirá em um dos cargos mais cobiçados da indústria da moda.
"Um novo capítulo está se abrindo para a Chanel Mode", disse a Chanel em um comunicado, confirmando a mudança, que foi relatada pela primeira vez no site de notícias de moda Business of Fashion.
A marca, conhecida pelas jaquetas de tweed, bolsas acolchoadas com logotipos com duplo C e o perfume Nº5, não nomeou um sucessor ao agradecer Viard por sua "rica colaboração de cinco anos".
Viard, de 62 anos, trabalhou na Chanel por quase três décadas, ao lado de Karl Lagerfeld, cuja função ela assumiu em 2019 após sua morte.
Ela preferia silhuetas descontraídas com um toque dos anos 1980 e adotou uma abordagem discreta em comparação com seu antecessor, enviando modelos ao longo do rio Sena e por uma rua em Manchester para desfiles de moda recentes, por exemplo.
Sua saída ocorre no momento em que o setor se ajusta a um crescimento mais lento e várias outras marcas, incluindo Gucci, Valentino e Burberry (LON:BRBY), buscam uma nova direção criativa para reacender as vendas.
O boom pós-pandemia da Covid-19, fomentado pela demanda reprimida por moda, tem diminuído à medida que os consumidores gastam menos devido ao aumento do custo de vida.
As equipes da Chanel garantirão a "continuidade" das coleções no período intermediário, e a marca apresentará seu desfile de alta costura outono-inverno 2024/2025 em 25 de junho em Paris, disse a empresa.
Os rumores de um novo estilista na Chanel têm circulado há anos, mais recentemente incluindo conversas sobre pesos pesados do setor.
As vendas da Chanel aumentaram 16% no ano passado, chegando a quase 20 bilhões de dólares.
A Chanel é a segunda maior marca de luxo do mundo, depois da Louis Vuitton, da LVMH, e pertence aos irmãos bilionários franceses Alain Wertheimer e Gerard Wertheimer.
(Por Mimosa Spencer em Paris, Chandni Shah em Bengaluru)