📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Dividir leilões de linhas de energia não aumenta atratividade, diz associação

Publicado 06.01.2016, 16:08
Atualizado 06.01.2016, 16:10
© Reuters.  Dividir leilões de linhas de energia não aumenta atratividade, diz associação
ELET3
-

SÃO PAULO (Reuters) - A decisão do governo federal de dividir o que seria um mega leilão de linhas de transmissão de energia em certames de menor porte, anunciada nesta semana, não deve favorecer a participação de investidores nos processos, uma vez que as empresas enfrentam problemas financeiros, segundo uma associação que reúne empresários do setor.

Os leilões para a concessão de linhas registraram mau desempenho em 2015, com muitos lotes sem atrair interesse do mercado, enquanto as transmissoras aguardam uma sinalização do governo federal sobre o pagamento de indenizações bilionárias prometidas em 2012, quando os contratos das maiores empresas do segmento foram renovados com remuneração menor.

"Quanto mais cedo se resolver, definir e iniciar o pagamento (das indenizações), significa a capacidade de retomada de participação nos leilões. Os leilões têm apresentado muita dificuldade, muitos lotes vazios... desde 2012 houve arrefecimento na participação", disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transmissão de Energia, Mario Miranda.

Somente a Eletrobras (SA:ELET3) pede à União cerca de 20 bilhões de reais para suas subsidiárias, uma vez que investimentos feitos pela empresa em suas linhas ainda não haviam sido remunerados quando da prorrogação da concessão. A privada Cteep pediu mais de 5 bilhões de reais, dos quais 3,9 bilhões foram reconhecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

De acordo com Miranda, as regras para os leilões já estão melhores, com elevação do retorno e redução de riscos ambientais, mas "as transmissoras estão com dificuldades de participar... porque estão com dificuldades financeiras".

A Aneel chegou a sinalizar para as empresas que as indenizações começariam a ser pagas neste ano, mas recuou posteriormente e alegou que as tarifas já subiram demais para repassar mais um custo ao consumidor. Atualmente, o Ministério de Minas e Energia estuda como viabilizar o pagamento, que será feito de forma parcelada.

"No caso de nossa indenização, ela tem impacto muito pequeno para o consumidor... (se os pagamentos começassem em 2016) seria inferior a 2 por cento", disse Miranda.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, disse na terça-feira que o governo pretende fazer mais leilões de transmissão em 2016 para que investidores, principalmente estrangeiros, tenham prazo maior para conhecer os projetos.

Inicialmente, a Aneel havia previsto realizar no início de 2016 o que seria a maior licitação de linhas de energia da história.

Preocupado com a falta de interessados nos últimos leilões, o Ministério de Minas e Energia promoveu um "roadshow" para divulgar as possibilidades de investimentos no setor em países como Alemanha, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido.

(Por Luciano Costa)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.