Por Gram Slattery
SÃO PAULO (Reuters) - A empresa norte-americana controladora das marcas Timberland, Vans e Kipling disse nesta quinta-feira que não comprará mais couro brasileiro de forma direta, enquanto incêndios na Amazônia levantam questionamentos sobre a gestão ecológica na maior floresta tropical do mundo.
Milhares de incêndios florestais na região amazônica vêm ocorrendo há semanas, o que já levou a um exame mais aprofundado da indústria brasileira de carne bovina, um dos principais motores econômicos do país.
A holding VF Corp afirmou que retomará a compra de couro do Brasil quando tiver "confiança e garantia de que os materiais utilizados em nossos produtos não contribuem para os danos ambientais no país".
A medida foi um dos primeiros sinais de um impacto econômico concreto da controvérsia sobre os incêndios, que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou estarem sob controle.
Em comunicado enviado à Reuters, a VF Corp alegou não ter podido comprovar que a origem desta matéria-prima obedeça a "requisitos responsáveis".
"Assim, a VF Corporation (NYSE:VFC) e nossas marcas decidiram não adquirir mais diretamente couro e peles do Brasil para nossos negócios internacionais até termos confiança e garantia de que os materiais utilizados em nossos produtos não contribuem para os danos ambientais no país".
A VF Corporation, como é conhecida a holding, disse que retomaria a compra de couro do Brasil quando "tivermos a confiança e garantia de que os materiais utilizados em nossos produtos não contribuem para os danos ambientais no país".