Copenhague, 14 jun (EFE).- O presidente da rede de lojas de vestuário da Suécia Hennes and Mauritz (H&M), Stefan Persson, negou nesta quinta-feira que a compra de ações da própria companhia nos últimos meses sirva ao interesse de sua família de retirar sua cotação da bolsa.
"São os mesmos boatos que estão circulando desde que entramos na bolsa. Não, não há nenhum fundamento em absoluto nesses rumores", declarou Persson ao site sueco "Breakit" durante a inauguração em Estocolmo da primeira loja da Afound, a nova marca da rede sueca.
Persson adquiriu nos últimos dois meses, através de uma sociedade de investimentos, ações da H&M no valor de 7 bilhões de coroas suecas (cerca de R$ 3 bilhões), o que fez vários veículos de imprensa do país escandinavo especularem sobre suas intenções.
A família Persson controla cerca de 45% dos papéis e 73% dos votos da companhia criada em 1947 pelo pai do atual presidente, Erling Persson.
As ações da H&M despencaram nos últimos tempos após alcançarem um preço recorde de 350 coroas suecas (R$ 150,4) em 2015: no fim de março, as ações ficaram em torno de 120 coroas (R$ 51,58), o seu nível mais baixo em 13 anos, depois que o balanço do primeiro trimestre foi divulgado e registrou queda de 44% em seu lucro líquido.
A H&M justificou na época o resultado pela diminuição nas vendas e pelo aumento de mercadoria em seus estoques devido ao mau tempo incomum.
A compra de ações por Persson em abril e maio fez com que os títulos subissem de novo, mas, depois da divulgação hoje das declarações do presidente, os papéis estavam em torno de 138 coroas suecas (R$ 59,31) às 13h53 locais (8h53 em Brasília), 4% a menos que ao término do pregão de ontem.
A H&M divulgará amanhã os números das vendas de maio e apresentará o balanço do segundo trimestre do ano fiscal (março-maio) no próximo dia 28.