A Dori Alimentos entrou na tarde desta quarta-feira, 11, com pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3 (SA:B3SA3), que inclui uma venda primária de ações, onde os recursos vão para o caixa da empresa, que faz snacks e doces, e uma venda secundária, onde o fundo de private equity Acon Investments deve vender parte de suas ações, por meio da CandyCo Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que detém 30,5% da empresa.
Os recursos captados na oferta primária vão para o pagamento de debêntures privadas e para sustentar o plano de crescimento orgânico da Dori, incluindo o desenvolvimento de novas linhas e o aprimoramento de canais de venda, de acordo com o prospecto.
Na parte das dívidas, a empresa informa que tem uma debêntures com saldo devedor de R$ 120 milhões, que pretende quitar integralmente com recursos do IPO. Esta foi a segunda emissão da empresa, lançada em setembro do ano passado e que vencem em 2025.
A Dori foi fundada em Marília, no interior de São Paulo, em 1967 pela família Barion, que controla a empresa. A companhia é dona de marcas como Disqueti, o amendoim japonês Dori e as balas Gomets.
A empresa ressalta que uma das tendências do mercado é a busca por opções de lanche sem glúten, sem lactose, sem gordura e com certificado vegano. A empresa até informa no prospecto que é alvo de uma ação na Justiça, de 2016, por não informar em suas embalagens os potenciais danos do consumo de glúten.
O IPO da Dori é coordenado por Itaú BBA, JPMorgan, XP e Banco Safra.