Madri, 15 nov (EFE).- A economia da Espanha encolheu entre julho e setembro 0,3% em relação ao trimestre anterior, confirmou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O retrocesso é um décimo inferior ao dos três meses precedentes, graças, principalmente, à menor queda no consumo privado, já que muitos cidadãos preferiram antecipar compras por causa da previsão de aumento do IVA (Imposto sobre o Valor Agregado) para 1º de setembro.
Os dados de hoje confirmam a notícia antecipada pelo INE há duas semanas. Além da redução de 0,3% na comparação com o trimestre anterior, houve queda de 1,6% em relação ao mesmo período em 2011.
Também contribuíram para a suavização dessa queda a recuperação do investimento empresarial de 0,6%; diminuição menor do que o previsto nos investimentos em construção (-2,8%); e a melhora das exportações, que aumentaram 4,8%.
De acordo com os dados divulgados hoje, a demanda interna teve uma contribuição mais negativa para o PIB anualizado, ao passar de 3,8 para 4 pontos, mas a demanda externa manteve sua contribuição positiva de 2,4 pontos. Isso explica que a queda anualizada da economia tenha aumentado de 1,3% para 1,6%.
No entanto, em termos trimestrais, a economia melhorou graças aos consumidores terem antecipado algumas compras antes da alta do IVA de 1º de setembro, o que fez com que o consumo caísse 0,5%, contra 1% do trimestre anterior.
Já o ritmo de queda da despesa das administrações públicas se multiplicou por quatro, ao passar de 0,6% para 2,4%, como consequência das medidas de ajustes tomadas para corrigir o déficit público.
Junto com o consumo - privado e público -, o outro componente da demanda interna, o investimento, reduziu pela metade sua queda trimestral, que passou de 3% para 1,4%.
A alta dos investimentos empresariais é uma das razões que levou à melhora das importações em 2,4% - um trimestre antes, estavam diminuindo.
O número de empregos caiu em um ritmo anualizado de 4,6%, o que representa uma redução líquida de quase 789 mil postos de trabalho de tempo integral em um ano. EFE