A EcoRodovias (SA:ECOR3) divulgou nesta quarta-feira, 4, seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano, quando registrou lucro líquido de R$ 71,6 milhões entre julho e setembro, revertendo o prejuízo visto no mesmo período de 2019. No critério recorrente, a companhia teve lucro de R$ 89,2 milhões, crescimento de 53,2% na comparação anual. Segundo a companhia, o indicador foi impulsionado pelo aumento no Ebitda pró-forma em função da redução dos custos caixa, redução da depreciação e amortização e também da provisão para manutenção.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da EcoRodovias entre julho e setembro ficou em R$ 488,8 milhões, revertendo o número negativo de um ano antes. No critério pró-forma, o indicador somou R$ 527,7 milhões, crescimento de 2,4%. Quando se leva em conta os gastos não comparáveis, o Ebitda pró-forma ficou em R$ 532,8 milhões, queda de 2,2%. A margem Ebitda pró-forma foi de 68,4%, crescimento de 2,1 pontos porcentuais.
A receita líquida pró-forma caiu 0,8% no terceiro trimestre, na comparação anual, para R$ 771,2 milhões. Os custos operacionais e despesas administrativas totalizaram R$ 701,5 milhões, aumento de 4,6% ante 2019, devido, principalmente, ao aumento do custo de construção em função das obras iniciais na Ecovias do Cerrado, obras de duplicação na Eco050 e implantação das faixas adicionais na Eco135. Os custos caixa ajustados totalizaram R$ 203,8 milhões, 2,4% acima do ano passado.
O resultado financeiro da EcoRodovias foi negativo em R$ 202,2 milhões no terceiro trimestre, influenciados pela diminuição de juros sobre debêntures, com CDI menor, variação monetária sobre os títulos de dívida, aumento nos juros sobre financiamentos, aumento nos efeitos financeiros sobre direito de outorga e redução de R$ 35,7 milhões em receita de aplicações financeiras.
A dívida líquida da empresa chegou a R$ 6,848 bilhões, avanço de 1,8% em um ano. O caixa disponível da companhia fechou setembro em R$ 2,289 bilhões, crescimento de 44,8% em relação ao valor registrado um ano antes. O nível de alavancagem da companhia, medida pela relação dívida líquida/Ebitda Pró-forma, ficou estável em 3,3 vezes. O total de caixa e equivalentes é 1,5 vez a dívida bruta de curto prazo.