WASHINGTON (Reuters) - A Penguin Random House, maior editora do mundo, e sua rival Simon & Schuster descartaram um acordo de fusão de 2,2 bilhões de dólares, afirmou a Bertelsmann, proprietária da Penguin, em nota.
A Bertelsmann, grupo alemão de mídia proprietário da Penguin, inicialmente havia dito que iria recorrer de uma decisão de uma juíza norte-americana que disse que sua proposta para adquirir a Simon & Schuster era ilegal, pois afetaria o pagamento dos autores.
Mas a Bertelsmann disse em nota nesta segunda-feira que irá "avançar o crescimento de seus negócios globais de publicação de livros sem a fusão planejada anteriormente da Penguin Random House e da Simon & Schuster"
A Reuters noticiou no domingo que a empresa alemã não havia conseguido convencer a Paramount Global, proprietária da Simon & Schuster, a estender seu acordo e recorrer da decisão da Justiça.
A juíza Florence Pan do tribunal distrital do Distrito de Columbia decidiu no dia 31 de outubro que o Departamento de Justiça havia demonstrado que o acordo poderia diminuir substancialmente a competição "no mercado de direitos de publicação nos EUA para livros de esperadas altas vendas".
Com a dissolução do acordo, a Penguin irá pagar uma taxa de encerramento de 200 milhões de dólares à Paramount Global.
A Paramount disse nesta segunda que a Simon & Schuster era um "ativo não essencial" para a Paramount. "Não é baseado em vídeo e, portanto, não se encaixa estrategicamente no portfólio mais amplo da Paramount", disse a empresa em um comunicado sobre o término do acordo.
O Departamento de Justiça não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Diferente da maioria dos conflitos relacionados a fusões, que são focados no preço final oferecido aos consumidores, o governo Biden argumentou que o acordo deveria ser impedido pois levaria a menos competição para livros bem-sucedidos e menores valores antecipados oferecidos a autores que ganham 250 mil dólares ou mais.
Os escritores da Penguin incluem a autora de livros de culinária Ina Garten e as romancistas Zadie Smith e Danielle Steele, enquanto a Simon & Schuster publica Stephen King, Jennifer Weiner e Hillary Rodham Clinton, entre outros.
(Reportagem de Diane Bartz e Klaus Lauer)