SEVILHA (Reuters) - A elétrica espanhola Abengoa (MC:ABG) disse nesta quinta-feira que fechou um acordo preliminar com seus credores para concluir um plano de reestruturação, em uma tentativa da companhia de evitar o que seria a maior falência na história da Espanha.
O negócio envolve a liberação de 1,2 bilhão de euros (1,33 bilhão de dólares) em fundos como parte de um novo plano de recuperação da companhia, disse o presidente do conselho da Abengoa, Antonio Fornieles, durante um encontro com acionistas.
O valor é menor que a injeção de entre 1,5 e 1,8 bilhão de euros pedida em um plano anterior da empresa.
Um tribunal espanhol disse em maio que a Abengoa tem até 28 de outubro para obter um acordo de reestruturação de dívidas com bancos e detentores de seus títulos. A companhia, que enfrenta dificuldades em meio a uma dívida de mais de 9 bilhões de euros, está sob proteção judicial contra os credores.
Sob o novo plano de recuperação, os credores aceitaram injetar 500 milhões de euros na empresa, além dos 515 milhões de euros já aportados, segundo uma fonte próxima das negociações. Outros aportes elevarão o total injetado a 1,2 bilhão de euros, disse a fonte.
A Abengoa, que foi fundada há 70 anos como uma empresa de engenharia, entrou em crise após se endividar em meio a uma expansão para negócios em energia limpa. No Brasil, a empresa atua em transmissão de energia, mas paralisou todos projetos após pedido preliminar de recuperação judicial pela matriz espanhola.
(Por Angus Berwick)