Por Tracy Rucinski
CHICAGO (Reuters) - A Delta Air Lines dobrou sua equipe de manutenção antes dos voos para efetuar uma higienização mais profunda e pretende garantir que as mesas das poltronas e maçanetas dos banheiros estejam livres de germes com um novo processo de testes, disse um executivo da empresa à Reuters.
Os esforços das companhias aéreas para tranquilizar os passageiros sobre sua segurança durante a pandemia estimularam uma corrida nos bastidores para concluir uma limpeza aprimorada, sem sacrificar o tempo de 'turnaround', um fator importante para sua lucratividade.
"Fizemos muitas mudanças em nosso processo de turnaround", disse o chefe da nova divisão de Limpeza Global da Delta, Mike Medeiros, em entrevista detalhando a estratégia da companhia aérea para o "turnaround" - o tempo que um avião passa no solo entre os voos.
Dependendo da aeronave, a Delta está implementando pelo menos oito funcionários para fazer a limpeza antes dos voos, de três a cinco pessoas anteriormente.
Depois que os limpadores desinfetam e limpam as superfícies de contato, um comissário de bordo e um agente do portão inspecionam a cabine juntos. Se a cabine não estiver em boas condições, eles chamam de volta a equipe de limpeza.
"Mesmo que isso signifique atrasar o voo", disse Medeiros, que está entre os gerentes que recebem relatórios diários de limpeza com base em pesquisas feitas com clientes após cada voo.
O tempo médio de limpeza da Delta para sua frota doméstica é agora de 20 minutos, contra de 10 a 15 minutos anteriormente, dependendo do tamanho da aeronave, mas o objetivo é acelerar o procedimento para proteger seu tempo de turnaround uma vez que o cronograma está mais movimentado.
Para verificar os níveis de limpeza, a Delta está adquirindo kits de teste de ATP que medem a quantidade de bactérias nas superfícies de aviões e aeroportos. Os kits não podem detectar Covid-19.
A empresa já adquiriu 30 unidades do kit, que custa cerca de 1.000 dólares cada, para testar a eficácia de seu processo de limpeza. O plano é comprar os testes para todas as suas bases globais, embora os detalhes ainda estejam sendo desenvolvidos.
"Não temos medo de aumentar os custos do negócio, mas isso tem que agregar valor", disse Medeiros. "Se as pessoas estão com medo ou desconfortáveis, as viagens não vão voltar no curto prazo."