O conglomerado energético italiano Eni deverá receber receitas líquidas de 2,5 mil milhões de euros (2,7 mil milhões de dólares) de alienações planeadas a serem finalizadas em 2025. O anúncio foi feito hoje por Francesco Gattei, Diretor de Transição e Financeiro da Eni, durante uma conferência telefónica. Esta medida faz parte da estratégia mais ampla da empresa de se desfazer de negócios com alto potencial de crescimento para apoiar sua transição para emissões mais baixas de gases de efeito estufa.
Na quinta-feira, a Eni divulgou a venda de uma participação de 25% na sua unidade de biocombustíveis, Enilive, ao grupo de investimento norte-americano KKR por 2,9 mil milhões de euros. Gattei indicou que a empresa prevê um influxo de caixa de 3,6 mil milhões de euros este ano e espera mais alienações no próximo ano, estimando o recebimento em torno de 2,5 mil milhões de euros.
Outras vendas potenciais incluem uma segunda participação menor na Enilive, com discussões já em andamento com os fundos norte-americanos Stonepeak e Apollo. A Eni também está em negociações com vários investidores interessados no seu negócio de captura e armazenamento de carbono (CCS), além de explorar a venda de participações adicionais na sua unidade de varejo e energias renováveis Plenitude e na empresa de bioplásticos Novamont.
A Apollo e a norueguesa HitecVision estão supostamente entre os potenciais compradores de uma segunda participação na Plenitude, após uma aquisição de 7,6% pela gestora de ativos suíça Energy Infrastructure Partners em março. Além disso, a Eni está buscando um parceiro para uma descoberta recente no upstream, embora os detalhes desta negociação não tenham sido divulgados.
As ações da Eni tiveram uma alta de 1,4% hoje, após a empresa anunciar um aumento em seu programa de recompra de ações para 2 mil milhões de euros, impulsionado por resultados do terceiro trimestre melhores do que o esperado. A taxa de câmbio no momento do anúncio era de 1 dólar para 0,9231 euros.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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