Money Times - O Bradesco (SA:BBDC4) avalia que a entrada de um grande investidor na Oi ((SA:OIBR3); (SA:OIBR4)) poderia acelerar os planos de fusão com a Tim (SA:TIMP3), mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (20).
“A imprensa vem reportando o interesse da China Telecom ou da China Mobile na Oi, e a conclusão do processo de recuperação judicial remove um bloqueio para esse investimento”, ressalta o analista Fred Mendes.
Contudo, Mendes explica que é muito cedo para dizer se a Oi deve, ou não, receber novos investimentos de estrangeiros, pois há duas questões principais que permanecem no ar: incertezas sobre contingências com a Anatel e aprovação da reforma das telecomunicações.
A Oi incluiu no processo de recuperação judicial débitos de cerca de R$ 12 bilhões em créditos tributários e não tributários (multas). O plano aprovado prevê o pagamento dessa dívida, no caso dos créditos tributários em 240 meses. No segundo caso, começarão a ser pagos daqui a 20 anos.
O presidente da Anatel, Juarez Quadros, disse que, tão logo o plano seja homologado pela Justiça, a agência entrará com processo. “A Anatel e a AGU vão continuar no litígio, pois não há previsão legal para o parcelamento da dívida dos créditos públicos.”
Tim
O relatório do Bradesco indica que é improvável que uma Oi mais forte altere o cenário competitivo no curto prazo, mas isso pode mudar com a entrada de algum participante estrangeiro.
Segundo Mendes, “os investidores poderiam começar a trabalhar com cenário de Fusões & Aquisições entre Tim e Oi novamente”. Em outra análise, em que eleva o preço-alvo para a Tim de R$ 13,00 para R$ 14,50, o analista explica que uma união faria muito sentido.
“Se esse cenário se materializar [de um novo sócio estrangeiro], é provável que a concorrência se torne mais difícil tanto para a Vivo quanto para a Tim, embora não seja por pelo menos dois anos. Mesmo assim, uma potencial fusão entre Oi e Tim faz muito sentido e a Tim poderia começar a negociar. Vale lembrar que as ações da Tim possuem 100% de direito de tag-along”, conclui.
(Com Agência Brasil)