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ENTREVISTA-Tensões geopolíticas abrem espaço para emissão de bônus por empresas brasileiras, diz BofA

Publicado 25.07.2014, 16:22
ENTREVISTA-Tensões geopolíticas abrem espaço para emissão de bônus por empresas brasileiras, diz BofA
BAC
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Por Guillermo Parra-Bernal e Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Tensões geopolíticas que têm afastado investidores de países do Leste Europeu podem dar um impulso a ofertas de bônus de empresas brasileiras a partir de setembro, disse um executivo de banco de investimentos do Bank of America Merrill Lynch.

A busca por papéis do país que ofereçam altos rendimentos e prazos ganhou força após o governo brasileiro emitir 3,5 bilhões de dólares na quarta-feira, com a crescente aposta do mercado de que as taxas de juros nos Estados Unidos ficarão estáveis por algum tempo, disse o chefe de renda fixa da América Latina do Bank of America Merrill Lynch, Max Volkov.

     A lista de ofertas de dívida de empresas brasileiras que podem chegar ao mercado é robusta, e a demanda pode seguir alta, à medida que problemas envolvendo países como a Rússia conduzem investidores para alternativas como a América Latina, segundo Volkov. O baixo crescimento da economia e a deterioração das finanças públicas do Brasil não está preocupando investidores até agora, segundo ele.

     "Investidores estão começando a perceber que nomes brasileiros estão subvalorizados", disse Volkov à Reuters, em entrevista por telefone, de Nova York. Ele não fez comentários sobre a lista de possíveis operações do BofA Merrill Lynch para empresas brasileiras.

     A aposta dominante do mercado atualmente é de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, vai apertar a política monetária de forma gradual. Além disso, a busca do mercado por segurança, num momento de crescente preocupação com disputas envolvendo Ucrânia e Rússia e no Oriente Médio tem levado investidores em mercados emergentes a preferir alocar recursos em países como o Brasil para período mais longos.

     A emissão soberana do Brasil surgiu como resultado desses fatores, explicou Volkov, o que permitiu ao governo obter a menor taxa de juro de cupom para uma emissão de títulos de 30 anos. As propostas dos investidores norte-americanos e europeus foram responsáveis ​​por 91 por cento da emissão, com o restante oriundo de investidores brasileiros e latino-americanos, disse.

     "Isso mostra que os investidores não querem sair do Brasil. Eles estão apenas mudando sua exposição", disse Volkov.

     Empresas brasileiras, incluindo bancos, levantaram quase 27 bilhões de dólares com a venda de bônus no exterior neste ano até 20 de julho, cerca de um terço dos 59 bilhões de dólares em títulos corporativos de dívida vendidos por toda América Latina no período, segundo dados da Thomson Reuters.

     Após um começo relativamente lento no ano, as empresas brasileiras aceleraram ofertas de dívida em dólares nos mercados globais em meio à intensificação das tensões entre Rússia e Ucrânia. Desde o início de junho, 10 empresas brasileiras e o governo foram ao mercado --um sinal de que investidores querem comprar dívida brasileira, disse Volkov.

     "Eu nunca vi o mercado tão bom desde maio do ano passado", acrescentou o executivo.

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