Por Manas Mishra e Michael Erman
(Reuters) - Um painel consultivo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos votou, nesta quinta-feira, para recomendar doses de reforço da vacina contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, pelo menos cinco meses após a conclusão do curso primário de vacinação.
Os especialistas consideraram os dados do CDC que mostraram que a proteção das duas doses iniciais começa a diminuir com o tempo e que os reforços em grupos etários mais velhos melhoraram a eficácia contra a Covid grave e hospitalizações.
A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) autorizou doses de reforço da vacina da Pfizer/BioNTech para a faixa etária na terça-feira, no momento em que os casos de Covid estão aumentando novamente nos Estados Unidos.
A diretora do CDC, Rochelle Walensky, ainda precisa aprovar a recomendação do comitê, mas sinalizou na reunião que provavelmente apoiará as doses adicionais.
“Sabemos que a imunidade diminui com o tempo e precisamos fazer tudo o que pudermos agora para proteger os mais vulneráveis”, disse Walensky. “É importante antecipar para onde essa pandemia está se movendo e implantar as ferramentas que temos onde elas terão o maior impacto.”
O governo dos EUA tem pressionado para que os norte-americanos elegíveis sejam vacinados, mas menos da metade daqueles que estão totalmente vacinados tomaram uma dose adicional.
A Pfizer (SA:PFIZ34)(NYSE:PFE) disse na reunião que os dados mostraram que uma terceira dose de sua vacina gerou uma forte resposta imune contra a variante Ômicron em crianças saudáveis de 5 a 11 anos.