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Espresso Financista: Cautela de BCs e denúncias de Machado afetam mercado

Publicado 16.06.2016, 09:12
© Reuters.  Espresso Financista: Cautela de BCs e denúncias de Machado afetam mercado

Para a consultoria Eurasia, as alegações de Machado não parecem graves o suficiente para diminuir as chances de o Senado aprovar o impeachment de Dilma (Antonio Cruz/Agência Brasil)

SÃO PAULO - Bom dia! Aqui está a sua dose diária do Espresso Financista™:

Apito inicial

A exatamente uma semana do referendo que decidirá a permanência do Reino Unido na União Europeia, o mercado brasileiro se depara com a volta da aversão ao risco no exterior enquanto digere a metralhadora da delação de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, que inclui petistas, tucanos, vários outros partidos e, pela primeira vez no âmbito da operação Lava Jato, o nome do presidente interino, Michel Temer.

Para a consultoria Eurasia, as alegações de Machado não parecem graves o suficiente para diminuir as chances de o Senado aprovar o impeachment de Dilma ou de Temer não terminar seu mandato.

Na avaliação do governo, segundo O Estado de S. Paulo, a denúncia não se sustenta. Em nota, Temer disse ser "absolutamente inverídica” a versão do ex-presidente da Transpetro e afirmou que sempre buscou recursos para campanhas eleitorais dentro dos limites da lei.

O presidente interino deve fazer na sexta-feira (17) um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão tratando de uma espécie de balanço do seu governo após os primeiros trinta dias de gestão. De acordo com o Valor Econômico, Temer pode citar o déficit bilionário, desemprego elevado e estatais endividadas, além de ressaltar que tem legitimidade para governar.

Na véspera, o governo apresentou a proposta de emenda constitucional na qual o crescimento anual dos gastos públicos é limitado à inflação do exercício anterior pelo período de 20 anos, com possível revisão após 10 anos. Ainda de acordo com o Valor, a possível aprovação do teto deve ficar para depois das eleições municipais.

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Há pouco, o Banco Central divulgou a ata da última reunião comandada por Alexandre Tombini, quando a Selic foi mantida em 14,25% ao ano. No documento, o Copom reitera que “o cenário central para a inflação leva em conta a materialização das trajetórias recentemente anunciadas para as variáveis fiscais”.

Já no cenário externo há decepção de investidores após a reunião de política monetária do banco central do Japão. A autoridade optou por não adotar mais medidas de estímulo em meio às incertezas com o plebiscito britânico, o tal Brexit. O evento também foi citado pela presidente do Fed, Janet Yellen, após encontro do BC dos EUA que também deixou inalterado o juro básico do país.

A partir do recado de Yellen, uma pequena maioria dos maiores bancos de Wall Street espera que o Federal Reserve eleve os juros não mais do que uma vez este ano, mostrou pesquisa Reuters.

Com o mercado digerindo as recentes ações (ou falta delas) pelos BCs, as bolsas asiáticas recuaram. A tendência negativa prevalece também na Europa e em Wall Street. No mercado de commodities, os preços do petróleo caem novamente, para o menor nível em três semanas, mediante sinais de consumo mais fraco de combustíveis nos Estados Unidos.

O poder e a economia

O teto - O prazo de 20 anos colocado na proposta da criação de um teto para os gastos do governo depende de diversas medidas adicionais. Inicialmente, a medida será válida por pelo menos nove anos (de 2017 a 2025). No fim desse período, o teto poderá ser expandido por mais alguns anos, até 2036. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Para o Valor, o teto só seria aprovado após as eleições municipais.

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Lula - De acordo com a Folha de S.Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com um recurso para tentar reverter a decisão do ministro Teori Zavascki e manter a apuração dos processos contra ele na mão do STF (Supremo Tribunal Federal), ao invés do juiz Sérgio Moro.

Metralhadora - Após a divulgação de trechos da delação premiada de Sérgio Machado, o Palácio do Planalto irá monitorar de perto os estragos causados. Entretanto, na avaliação do governo, a denúncia contra o presidente interino Michel Temer não se sustenta. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Metralhadora 2 - A delação de Sérgio Machado promete fazer estragos me Brasília. Ele mencionou ao todo, 25 políticos de partidos diferentes (PMDB, PT, PP, DEM, PSDB, PP, PC do B, PV). Entre eles está o senador Aécio Neves. Segundo a delação, Machado afirmou que atuou para captar propina de R$ 1 milhão para o tucano.

Metralhadora 3 - Destaque também para a cúpula do PMDB. Até o presidente em exercício Michel Temer é citado. Ele teria negociado com Machado repasse de R$ 1,5 milhão em propina para a campanha de Gabriel Chalita a prefeitura de São Paulo em 2012.

Metralhadora 4 - Além disso, Machado mencionou uma espécie de mensalão do PMDB. Junto com Renan Calheiros e Romero Jucá, que recebiam uma mesada de recursos vindos de empresas com contratos com a Transpetro, também são citados José Sarney e Edison Lobão. Ao todo, os desvios cometidos pelo PMDB são estimados em R$ 100 milhões. As informações são dos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.

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Cunha - Seguindo uma previsão otimista de calendário, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deve votar o processo de cassação contra Eduardo Cunha no dia 20 de julho. De acordo com o Valor Econômico, com o recurso que deve ser apresentado por Cunha, diversas etapas terão de ser cumpridas, o que deve arrastar o problema até o fim de julho. Além disso, a possibilidade de Cunha fazer um acordo de delação premiada foi classificada por aliados como um blefe. Segundo interlocutores, ele só tomaria tal atitude se "tudo desse errado".

IR - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira medida provisória que reduz de 25 por cento para 6 por cento o Imposto de Renda sobre as remessas de dinheiro ao exterior para gastos pessoais em viagens, até o limite de 20 mil reais por mês, segundo a Agência Câmara Notícias.

Discurso - Michel Temer deve fazer amanhã um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. A ideia é realizar uma espécie de balanço do seu governo após os primeiros trinta dias de gestão. De acordo com o Valor Econômico, Temer pode citar o déficit bilionário, desemprego elevado e estatais endividadas, além de ressaltar que tem legitimidade para governar.

Ata - O Banco Central acaba de divulgar a ata da última reunião comandada por Alexandre Tombini, quando a Selic foi mantida em 14,25% ao ano. O Copom reiterou que “o cenário central para a inflação leva em conta a materialização das trajetórias recentemente anunciadas para as variáveis fiscais”.

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O que acontece no mundo corporativo

Novo comando - A empresa resultante da fusão entre a BM&FBovespa (SA:BVMF3) e a Cetip (SA:CTIP3) pode iniciar as conversas para definir um plano de sucessão para o atual CEO da BM&FBovespa, Edemir Pinto, que também irá assumir a nova companhia.

Oi (SA:OIBR4) - Em resposta à CVM sobre o mar de informações em torno do impasse na Oi que pode levar à recuperação judicial, a empresa disse hoje que espera encontrar um “bom termo” nas renegociações das dívidas com os credores.

JBS (SA:JBSS3) - A delação do ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado também envolveu a JBS. De acordo com depoimentos, Machado disse que em 2014 ouviu de senadores que a empresa faria uma doação de R$ 40 milhões ao PMDB após um pedido feito pelo PT. Entre os beneficiados estariam Renan Calheiros, Jader barbalho, Romero Jucá, Eunício de Oliveira, Vital do Rêgo, Eduardo Braga, Edison Lobão, Valdir Raupp e Roberto Requião. A JBS afirmou que as doações eleitorais estão dentro das regras da Justiça Eleitoral. A informação é do jornal Valor Econômico.

Gerdau (SA:GGBR4) - O escritório de advocacia norte-americano Lundin Law PC anunciou nesta quinta-feira (16) convocação de investidores que sofreram perdas de mais de US$ 100 mil com papéis da Gerdau, reforçando o grupo de firmas jurídicas dos Estados Unidos que tentam processos coletivos contra o grupo siderúrgico brasileiro.

Aquisição - O grupo de energia elétrica CPFL (SA:CPFE3) anunciou nesta quinta-feira acordo para aquisição da distribuidora gaúcha de eletricidade AES Sul por um valor total de cerca de 1,7 bilhão de reais, sujeito a ajustes.

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Liquidação - A Petrobras (SA:PETR4) iniciou o processo de venda da Liquigás, subsidiária de capital fechado que atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (botijão), mas até o momento não há qualquer acordo firmado.

Recorde - A Petrobras concluiu a perfuração e a avaliação do sétimo poço do bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos e encontrou a maior coluna de óleo já descoberta no local, com 410 metros de espessura.

Jogou a toalha - A Samarco não tem mais expectativa de voltar a operar neste ano no Brasil, por não ter clareza sobre quando conseguirá as licenças necessárias para retomar as atividades, após o rompimento de uma barragem ao final de 2015 em Mariana (MG), segundo a Reuters.

Novo concorrente - Bradesco (SA:BBDC4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) lançaram a Livelo, joint venture que pode mudar o equilíbrio de forças no lucrativo mercado de fidelidade de clientes no Brasil, liderado atualmente por Smiles (SA:SMLE3) e Multiplus (SA:MPLU3).

Às vendas – O General Shopping (SA:FIGS11) assinou contrato para vender 100% do Poli Shopping Osasco por R$ 12,5 milhões.

Comprar ou vender?

Embraer (SA:EMBR3) é elevada de neutra para compra pelo BofA, segundo a Bloomberg News.
Rumo é reiniciada com recomendação outperform pelo Itaú (SA:ITUB4) BBA, segundo a Bloomberg News
LPS Brasil (SA:LPSB3) é elevada de underweight para neutra pelo JPMorgan, segundo a Bloomberg News
Brasil Brokers (SA:BBRK3) é rebaixada de neutra para underweight pelo JPMorgan, segundo a Bloomberg News

Para comentar mais tarde

Leia a íntegra da delação premiada de Sérgio Machado. O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou, em delação premiada, que no cargo de direção administrava com duas diretrizes: extrair o máximo possível de eficiência das empresas contratadas pela estatal, tanto em qualidade quanto em preço, e extrair o máximo possível de recursos ilícitos para repassar aos políticos que o garantiam no cargo.

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