O estoque dos recursos investidos no Tesouro Direto cresce em ritmo mais acelerado que a Poupança, mas não representam nem 15% de todo o volume da Caderneta. Considerados atrativos por conta da rentabilidade mais alta, os títulos públicos tiveram saldo de R$ 147 bilhões em outubro. Enquanto isso, a Poupança tinha R$ 1,02 trilhão no mesmo mês.
Os dados são do Tesouro Nacional e do BC (Banco Central). Mostram que, para cada R$ 10 investidos pelos brasileiros na Poupança, há R$ 1,44 aportados no Tesouro Direto.
A diferença diminuiu nos últimos anos. Em 2021, por exemplo, o estoque do Tesouro Direto representava 7,68% do volume da Poupança. Em 2009, a proporção era de 1,02%. Há um crescimento acelerado, mas em valores ainda muito inferiores à Caderneta.
A Secretaria do Tesouro Nacional tem buscado fomentar os investimentos em títulos públicos no últimos anos. Em dezembro de 2022, criou o Tesouro RendA+ para trabalhadores que ganham entre 2 e 6 salários mínimos. Em agosto de 2023, liberou o Educa+, destinado aos pais que desejam financiar os estudos dos filhos.
O último anúncio foi na 2ª feira (25.nov.2024). O Tesouro Nacional afirmou que os detentores de títulos públicos poderão utilizá-los como forma de garantia em contratos de aluguel de imóveis ou de financiamentos.
O QUE SÃO TÍTULOS PÚBLICOS
Os títulos públicos são empréstimos de pessoas físicas para o governo. Em troca, a pessoa que aporta os recursos é remunerada pelo tempo de espera. Quanto maior o tempo de contrato, maior é a expectativa de rentabilidade. Os recursos podem ser indexados à inflação ou à taxa Selic, por exemplo.