Investing.com - Quando o assunto é compliance, o Brasil está longe de ser um exemplo no mundo. Nesta quarta-feira, a TMF Group divulgou a primeira edição The Compliance Complexity Index, com o país ficando na sétima colocação no que diz respeito à complexidade do regime de normas de conformidade.
Emirados Árabes lideram o ranking, seguido de Catar, China, Argentina e Malásia. Na ponta oposta, apresentam menor nível em complexidade, Irlanda, Dinamarca, Curaçao, Honduras e Nicarágua.
O estudo classificou o Brasil com alta complexidade, com as constantes mudanças processuais aumentando as complicações para os empresários. Mesmo sem ter grandes modificações, as alterações para o registro de empresas na junta comercial, na Receita Federal e nas prefeituras aumentam a burocracia.
O relatório destaca o tumultuado clima político e econômico no país, com as eleições presidenciais de outubro servindo para trazer mais incertezas.
O índice examinou a dificuldade de aderir aos regulamentos comerciais em 84 países. A pesquisa inclui tópicos como a facilidade de montar uma empresa; as informações que as empresas devem reportar às autoridades locais; e a dificuldade de cumprir a legislação nacional.
Para a chefe global de compliance e serviços regulatórios estratégicos da TMF, Leila Szwarc, nos últimos anos, a conformidade corporativa internacional tornou-se mais transparente e mais complicada, cara e estressante para os players globais, tudo com o objetivo de nivelar o jogo internacional.
“Muitas novas regulamentações internacionais foram implementadas em todo o mundo, o que em geral promove a visibilidade, mas o caminho e a velocidade na qual eles são implementados diferem de país para país, o que significa que o quadro geral de complexidade está longe de ser uniforme”, explica Szwarc.
Os 10 países mais complexos do mundo para conformidade corporativa:
Emirados Árabes Unidos
Catar
China
Argentina
Malásia
Líbano
Brasil
Vietnã
Polônia
Uruguai
Os 10 mais fáceis para cumprir regras de governança:
Irlanda
Dinamarca
Curaçao
Honduras
Nicarágua
Ucrânia
Luxemburgo
Marrocos
Hungria
Paraguai