Washington, 25 set (EFE).- O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, enviou nesta quarta-feira uma carta ao Congresso americano na qual afirma que as medidas de emergência tomadas para enfrentar o pagamento das dívidas do governo se esgotarão em 17 de Outubro, por isso frisou a urgência de se elevar o teto de endividamento do país.
"O Tesouro estima agora que as medidas de emergência se esgotarão no máximo em 17 de Outubro. Estimamos ter então cerca de US$ 30 bilhões para fazer frente aos compromissos. Esta quantidade será menor que as despesas líquidas previstos para certos dias, que podem ser de US$ 60 bilhões", afirmou Lew na carta dirigida ao presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner.
O teto da dívida federal dos EUA, de US$ 16,7 trilhões, foi atingido em maio, e desde então o Tesouro recorreu a medidas excepcionais para honrar com as obrigações de pagamento do país.
"Se não temos suficiente liquidez, será impossível para os EUA fazer frente a todas suas obrigações pela primeira vez na história", advertiu Lew.
O prazo de 17 de Outubro representa uma nova advertência por parte do governo ao Congresso para evitar a moratória, e põe uma data concreta para que os legisladores republicanos e democratas alcancem um acordo para elevar o teto de endividamento e sobre as finanças públicas.
Apesar do alerta de Lew, as posições de republicanos e democratas se mantêm extremamente afastadas sobre como reduzir o déficit fiscal.
Os republicanos exigem cortes nos programas de assistência social, enquanto os democratas não estão dispostos a negociar sob a ameaça de uma moratória.
A batalha poderia repetir o que ocorreu em agosto de 2011, quando ambos partidos alcançaram um acordo para subir o teto de dívida "na última hora" e afastar assim a moratória do governo federal. EFE