Bruxelas, 10 jul (EFE).- Os ministros de Finanças da zona do euro abriram nesta segunda-feira as portas para a renegociação das condições do resgate financeiro solicitado pela Irlanda em 2010 para cobrir o buraco de seu setor bancário.
No texto aprovado, o Eurogrupo afirma que "serão mantidas discussões sobre soluções técnicas para melhorar a sustentabilidade e o bom resultado do programa de ajuste" e que esta questão será tratada novamente em sua reunião de setembro.
Outro ponto interessante do documento pactuado nesta segunda-feira é o que afirma que "casos similares serão tratados por igual, levando em conta as circunstâncias que mudaram".
A ajuda financeira solicitada pela Espanha a seus sócios europeus sob condições mais flexíveis, e sem a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI), aumentou a esperança dos três países auxiliados, Grécia, Irlanda e Portugal, de poder renegociar as condições impostas em seus respectivos resgates.
Este parágrafo também cita as condições da recapitalização direta dos bancos, uma opção pactuada pelos 27 países da UE em sua última cúpula e que não será possível até o estabelecimento de um supervisor bancário único para a zona do euro.
A maior vantagem da recapitalização direta é que este empréstimo não será computado como dívida nacional, como acontece com as ajudas administradas através do Estado.
A Irlanda, como a Espanha, teve de recorrer ao financiamento de emergência devido ao grande buraco deixado pela explosão da bolha imobiliária no setor bancário do país, não por possuir uma elevada dívida pública.
A Irlanda se tornou o segundo país a ser resgatado no final de 2010, quanto recebeu um empréstimo de 85 bilhões de euros entre as contribuições europeias e a do FMI. EFE