Bruxelas, 16 mar (EFE).- Os ministros de Economia e Finanças dos países da zona do euro pactuaram já na madrugada deste sábado os detalhes do resgate do Chipre, que alcança 10 bilhões de euros, após nove meses de espera e cerca de dez horas de negociações no Eurogrupo.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, informou durante a entrevista coletiva após a reunião que o resgate inclui "ambiciosas medidas" no âmbito da consolidação fiscal, reformas estruturais e privatizações, assim como "ações determinantes" para garantir a estabilidade financeira.
O Eurogrupo reduziu o montante total da assistência de 17,5 bilhões de euros, segundo os cálculos feitos inicialmente, para até 10 bilhões.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, explicou que proporá ao conselho da instituição "uma contribuição" ao resgate, dado que a proposta estipulada agora "é sustentável", fornece o financiamento apropriado e distribui adequadamente a carga através das parcelas.
Os 17 países da zona do euro pactuaram um pacote de medidas que inclui um imposto extraordinário de 9,9% sobre os depósitos de mais de 100 mil euros e de 6,7% para os valores menores, assim como o aumento do imposto de sociedades para 12,5%.
Além disso, o pacote prevê "medidas excepcionais" para fazer frente à frágil situação do setor bancário cipriota, mas sem colocar em risco a sustentabilidade da dívida do país, disse Dijsselbloem.
O presidente do Eurogrupo disse que a eurozona acredita que essas iniciativas, entre outras, e sua "estrita implementação" permitirão que a dívida pública do Chipre, que deverá alcançar 100% do PIB em 2020, permaneça em uma via sustentável, além de elevar seu potencial de crescimento e garantir a estabilidade financeira desse país a longo prazo. EFE