Por Michael Holden
LONDRES (Reuters) - O advogado de uma editora britânica que está sendo processada pelo príncipe Harry e outras personalidades disse nesta sexta-feira que as evidências para suas alegações de que três jornais da editora estavam envolvidos em atividades ilegais são "escassas a inexistentes".
Harry, o filho mais novo do rei Charles, e mais de 100 outros, incluindo celebridades e figuras de destaque, estão processando o Mirror Group Newspapers (MGN), editora de Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People, na Corte Suprema de Londres.
Eles alegam que os jornais acessaram habitualmente informações privadas por meio de escutas telefônicas e outros meios ilícitos entre 1991 e 2011, e que editores e executivos seniores aprovaram as ações.
"A MGN nega veementemente essas alegações", disse Andrew Green, o advogado que representa a editora, agora propriedade da Reach.
Em 2015, a corte ordenou que a MGN pagasse grandes quantias a oito reclamantes depois de admitir que histórias sobre eles foram obtidas por hacking telefônico, uma decisão que Green disse que a editora aceitou totalmente.
Desde então, afirmou ele, a empresa resolveu mais de 600 reivindicações a um custo de mais de 100 milhões de libras em danos e custos. Mas as alegações apresentadas por Harry e três outros que formam casos de teste para o julgamento atual estavam em termos probatórios muito distantes daqueles originalmente estabelecidos, segundo o advogado.
As evidências de dados de chamadas para respaldar suas alegações de hacking de telefone são "escassas a totalmente inexistentes", e uma grande proporção de histórias envolvidas eram de um "nível de trivialidade de tirar o fôlego".
Não há "nada que mostre a interceptação generalizada do correio de voz" além do já admitido, acrescentou Green.