Por Leika Kihara e Takahiko Wada
TÓQUIO (Reuters) - O banco central do Japão discutirá outras medidas para aliviar as tensões de financiamento corporativo na reunião de política monetária deste mês, a fim de injetar mais dinheiro em empresas que estão enfrentando quedas nas vendas devido ao surto de coronavírus, disseram fontes familiarizadas com o pensamento da instituição.
Embora as discussões ainda estejam nos estágios iniciais, as opções possíveis na mesa incluem aumentos adicionais nas compras de títulos corporativos e papel comercial e uma expansão na gama de ativos que o banco central aceita como garantia na oferta de empréstimos às instituições financeiras, disseram.
"As condições de financiamento corporativo continuam a piorar. O foco do banco central ainda é a resposta à crise", disse uma das fontes, sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.
"O Banco do Japão tomou medidas para aliviar as tensões de financiamento corporativo em março. Se forem necessárias medidas adicionais, elas provavelmente serão discutidas na reunião de política monetária de abril", disse outra fonte.
Uma terceira fonte ecoou essa visão, acrescentando que comprometer-se a comprar mais títulos corporativos e papéis comerciais ou expandir a gama de ativos que o banco central aceita como garantia "pode estar entre as opções".
Outra ideia discutida internamente é que o Banco do Japão pague às instituições financeiras que tomam emprestado dinheiro do banco central. Isso pode ser feito oferecendo empréstimos a taxas de juros negativas sob um novo esquema de empréstimos adotado em março, disseram as fontes.
Medidas de flexibilização monetária mais radicais para estimular a demanda e impulsionar a economia, como cortes de juros, são menos prováveis em abril, porque seriam contrárias aos esforços do governo para manter as famílias em casa e as empresas fechadas para conter o vírus, afirmaram.