Por Ron Bousso e Dmitry Zhdannikov e Stephen Jewkes
LONDRES/MILÃO (Reuters) - BP e Eni estão negociações sobre o futuro de seus ativos de petróleo e gás na Argélia, com os dois grupos aumentando os esforços de reorientar seus negócios para enfrentar o declínio das margens, aumento de dívidas e pressões climáticas, conforme afirmaram três fontes.
As maiores companhias de energia da Europa estão cortando o seu portfólio de petróleo e gás para manter apenas os ativos mais prováveis de serem lucrativos e redistribuir capital para a transição para uma energia limpa, com a incerteza sobre a futura demanda do combustível fóssil.
No início deste mês, eles anunciaram que estavam em conversas para criar uma joint venture para administrar suas operações combinadas na Angola.
As fontes, que pediram para não serem identificadas, afirmaram que BP e Eni estão na etapa inicial de conversas para o grupo italiano assumir os ativos da BP na Argélia.
As partes estão explorando uma venda direta, assim como uma opção para a BP receber participações nos ativos da Eni em todo o mundo, possivelmente em seu principal desenvolvimento de gás natural liquefeito em Moçambique, afirmou uma das fontes. Eles analisaram a ideia de criar uma joint venture no país do norte da África similar ao modelo angolano, disseram as fontes.
BP e Eni não quiseram comentar.
O acordo ajudaria a BP a se desfazer de seus ativos da Argélia após sua falha desde 2019 em vender 45,89% de ações na planta de gás natural In Amenas. A BP também detém 33% na planta de gás In Salah.
(Reportagem de Ron Bousso e Dmitry Zhdannikov em Londres, Stephen Jewkes em Milão)