Por David Shepardson e Alexandra Alper e Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão analisando maneiras de dissuadir viajantes dos EUA de fazerem cruzeiros, como parte de um esforço do governo Trump para limitar a propagação do coronavírus, segundo quatro autoridades familiarizadas com a situação.
As fontes, que pediram anonimato, disseram que nenhuma decisão foi tomada. As discussões estão ocorrendo antes de uma reunião entre o vice-presidente Mike Pence, responsável por liderar a resposta dos EUA ao coronavírus, e a indústria de cruzeiros neste fim de semana.
O governo pode aconselhar alguns ou todos os viajantes dos EUA a evitar temporariamente cruzeiros diante de um número crescente de casos de coronavírus em navios de cruzeiro ou potencialmente impor restrições de viagens relacionadas a cruzeiros, disseram as autoridades.
O gabinete de Pence não comentou imediatamente.
As ações das operadoras de cruzeiros em negociações nos EUA ficaram negativas após reportagem da Reuters. As ações da Carnival Corp (LON:CCL) e da Royal Caribbean caíram quase 2% e as ações da Norwegian Cruise Lines tiveram queda de quase 1%.
As ações de Royal Caribbean Cruises, Carnival e Norwegian Cruise Line Holdings caíram cerca de 50% desde janeiro.O governo está debatendo urgentemente com várias autoridades medidas destinadas a reduzir surtos a bordo de navios de cruzeiro, confirmando que o governo analisou possíveis restrições a viagens de navios de cruzeiro nos EUA.
Nesta semana, o transatlântico Grand Princess, de propriedade da Carnival Corp, foi impedido de retornar ao porto de San Francisco por medo de coronavírus, depois que pelo menos 20 pessoas a bordo adoeceram.