Por Alexandra Alper e Marianna Parraga
SANTA CRUZ (Reuters) - A venezuelana PDVSA[PDVSA.UL] está em conversas com a russa Rosneft[TNKBP.UL], a italiana Eni (MI:ENI), a espanhola Repsol (MC:REP) e a norueguesa Statoil (OL:STL) para obter crédito para projetos de petróleo e gás, disse um executivo da companhia, em uma tentativa da estatal de reverter uma queda na produção para o menor nível em quase 30 anos.
A Venezuela e sua estatal de petróleo estão buscando novos recursos para se financiar, conforme o país trabalha para renegociar 60 bilhões em dívidas devido a sanções dos Estados Unidos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que a Casa Branca acusa de ser uma "ditadura".
"Nós estamos falando com nossos aliados, com nossos parceiros estratégicos, que são Rosneft, Eni, Repsol, Statoil, e eles querem continuar trabalhando conosco, continuar financiando nossos projetos para impulsionar a produção de petróleo e gás no curto prazo", disse à Reuters o vice-presidente de gás da PDVSA, Cesar Triana.
Rosneft, Eni, Repsol e Statoil não puderam ser contatados imediatamente para comentar.
A PDVSA tem tido poucos recursos disponíveis para manter e recuperar suas operações petroleiras, em meio a uma batalha do governo venezuelano para obter recursos para pagar dívidas.
A produção de petróleo da Venezuela caiu em outubro para menos de 2 milhões de barris por dia, menor nível desde 1989, segundo dados do governo enviados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A produção tem caído na comparação anual desde 2012.
A Venezuela quer elevar a produção de petróleo em 2018 em 500 mil barris por dia, disse Triana, nos bastidores de um evento do setor de gás em Santa Cruz, na Bolívia.
Nos últimos anos a Venezuela não conseguiu atingir suas próprias metas de produção, consideradas ambiciosas.